O Partido Trabalhista Holandês (PVDA), através da parlamentar Sharon Dijksma, propôs que se "recupere" com altos impostos, o dinheiro investido nos estudos superiores das mulheres que logo depois de tê-los concluídos não trabalham fora de seus lares.

Dijksma, porta-voz do PVDA no parlamento, considera no artigo que escreveu a respeito na revista Fórum, que esta medida punitiva é necessária para estimular as mulheres a fazer parte do setor trabalhista.

"Uma mulher com estudos superiores que escolhe ficar em casa e não ir trabalhar está destruindo o capital. Se receber o benefício de uma educação que custa caro à sociedade, não deve permitir que atire pela janela esse conhecimento sem ser castigada", afirma a parlamentar.

Para Dijksma, um imposto para este tipo de mães é uma conseqüência lógica do "sistema feudal" que quer introduzir o PVDA, segundo o qual os graduados devem pagar de acordo com seus lucros. "Se alguém (com educação superior) decidir não trabalhar, então se impõe um substancial pagamento", indica.

Entretanto, segundo um relatório publicado em fevereiro pelo Statistics Netherlands, as mulheres holandesas são cada vez mais ativas no mercado trabalhista. O número delas subiu de quase três milhões em 2001 a 3,2 milhões em 2005. Para a contagem só foram consideradas as mulheres que trabalhavam pelo menos doze horas semanais ou que estivessem procurando um trabalho com essa quantidade mínima de horas. Do mesmo modo, uma grande quantidade de holandesas optam por trabalhar meio período para poder estar mais presente em suas famílias.