O Cardeal Norberto Rivera Carrera, Arcebispo do México, indicou que "todos estamos esperando uma maior contribuição da mídia para crescer em educação, em valores e no amor ao México".

O Cardeal indicou que "muitas vezes (os meios de comunicação) apresentam modelos de culturas muito estranhas que dificilmente podem conjugar com a cultura mexicana quanto a valores, princípios, ideais". "Eu acredito que nós somos no conceito, por exemplo, familiar, muito diferentes dos Estados Unidos; não podem nos apresentar como ideal a família dos Estados Unidos", acrescentou e destacou a solidez familiar no México.

Questionou os alcances que se pretendem na mídia, porque embora tenham um lugar importante na sociedade, "não podem se constituir como tribunal supremo da nação, a opinião pública é muito interessante, mas nisso fica" e destacou que muitas vezes "vemos que (a televisão) só se deixam levar pelos índices e não pelos conteúdos, mas sim ver quem aparece primeiro e quem aparece com a nota mais sensacionalista".

"É obvio que estará a pedido e a reclamação das pessoas, mas o México tem sua história, tem seus valores, e México também merece que lhe apressentem novas opções".

"Quando um meio de comunicação –prosseguiu o Arcebispo– ultrapassa seus próprios limites está deteriorando a si mesmo, está criando sua própria ruína, porque esse não é o papel que lhe corresponde, tem que se manter no lugar que lhe corresponde de expressar a opinião pública".

Para o Cardeal, a solução não está em não ver televisão, mas em "estar presente nos meios e de dentro exigir que correspondam a melhores ideais", porque o país também merece novas opções. "Eu penso que somos muito melhores do que diz a mídia, e um pouquinho piores do que pensamos", precisou.

Além disso lembrou a necessidade de regulamentar os meios já que estes "não podem ser a exceção, e se um meio está violando a lei, quer dizer que está prejudicando os demais, está prejudicando o México".