O Bispo de Mondoñedo-Ferrol, Dom José Gea Escolano,  prognosticou uma "desordem moral e social sem precedentes" após a aprovação nesta terça-feira do Governo catalão do projeto  de lei que permite a adoção de crianças por casais homossexuais.

Em declarações à Rádio Lugo, Dom Gea disse que "a criança necessita de um amor paterno e de um amor materno" e questionou que "como havendo tantas dificuldades para a adoção se  abrem as portas  a uma adoção  por parte de  homossexuais".

Sobre o suposto direito que   teriam os homossexuais à adoção, o Prelado acrescentou que "não é que lhes será negado algum direito: é que não têm direito a isso".

Dom Gea advertiu  que se o Executivo catalão permitir estas adoções estará "fora do direito natural". "Poderá ser legal -acrescentou-, mas a lei deve  levar em conta o bem comum e a dignidade de todas as pessoas; a criança não pode ser um objeto disputado por uns e outros".

"Para ser coerente com a  fé, cada um deve  votar contra isto", disse o Bispo. A seu ver, "trata-se de buscar o bem comum, e frente a um fato tão  duro e tão forte como este de equiparar o matrimônio com a união entre homossexuais não é possível que vá a favor do bem comum".

Por último, Dom Gea declarou que “há homossexuais, bem por natureza ou bem por vício, que há de tudo, que têm o direito a viver como lhe apraz, mas pretender igualar essa união homossexual seria igual a igualar as uniões de quatro ou cinco pessoas ou o que seja", concluiu Dom Gea Escolano.