A Conferência Episcopal Dominicana (CED) lamentou que o Governo não esteja cumprindo com a meta de investir quatro por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, limitando o genuíno desenvolvimento que permita que muitas crianças e jovens saiam da faixa de extrema pobreza.

"Temos que reconhecer que nos afastamos da meta estabelecida pela lei de quatro por cento do PIB para a educação, enquanto se continua com um discurso progressista e se proclama a dinâmica de inserção na sociedade global", afirmou o Episcopado em sua mensagem pelo 162 aniversário da independência nacional.

O texto intitulado "Educação na Verdade", menciona o interesse dos pais de família em se envolver na formação de seus filhos, o aumento do número de salas de aula e as iniciativas internacionais a favor da educação. Em nível nacional, menciona o Plano Decenal da Educação Dominicana, e o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Educação Dominicana.

Acrescenta que embora se destaque a importância de educar em valores, é também certo que existe um grande déficit de salas de aula e recursos próprios para uma formação de qualidade.

"Nossa mensagem pede propiciar desde as salas de aula uma formação integral e orgânica que suscite experiências de vida, nas quais os estudantes possam experimentar a verdade e assimilar os valores que fortalecem à sociedade como a justiça, a honestidade, a laboriosidade, a solidariedade, a paz, a fidelidade, a responsabilidade e a coerência", afirma a mensagem lida pelo Presidente da CED, Dom Ramón Benito da Rosa e Carpio.

Do mesmo modo, os bispos pedem um sistema educativo mais institucionalizado e com menos influência de "fatores políticos partidaristas mutáveis" e assim transcender "interesses individuais e de grupos".

A mensagem lembra que "a educação é a chave-mestra do futuro, alma do dinamismo social, direito e dever de toda pessoa", e base "que sustenta o humanismo integral". Por isso, "a educação deve chegar a ser criadora em todos seus níveis, aberta ao diálogo, capaz de afirmar com justa valorização as peculiaridades locais e nacionais e as integrar na unidade pluralista do continente e do mundo".