Por ocasião da visita ao Vaticano do Presidente do Conselho de ministros libanês, Fouad Siniora, a Santa Sé e o Líbano expressaram seu compromisso em educar a população para a reconciliação e a paz, assim como no respeito da liberdade religiosa no Oriente Médio.

Assim notificou um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé depois da visita do Premier libanês ao Papa Bento XVI e seu encontro com o Secretário de estado Vaticano, Cardeal Angelo Sodano.

"No transcurso das conversas houve um intercâmbio de opiniões sobre a situação em Líbano e Oriente Médio em geral e foi destacado o compromisso comum de trabalhar para educar as populações para a reconciliação e a paz, no respeito dos direitos humanos e em particular da liberdade religiosa", indica a nota.

No comunicado se expressa que a visita do Chefe do Governo libanês e da delegação oficial que o acompanhava "confirma a grande devoção do povo libanês tanto para o Romano Pontífice, sempre muito próximo a essa nobre nação, como à Santa Sé em geral".

Nos encontros de hoje, continua a nota, "reservou-se uma atenção especial à situação dos cristãos e à contribuição que querem dar ao progresso do país, seguindo as orientações, traçadas durante o Jubileu do Ano 2000, na Exortação Apostólica de João Paulo II, de venerada memória: ‘Uma esperança nova para o Líbano’".

Conforme informa a agência Ansa, o Santo Padre e o Primeiro-ministro teriam dialogado "sobre as conseqüências da publicação de caricaturas de Maomé nos países muçulmanos, das relações entre as diversas religiões no Líbano e também dos incidentes ocorridos no bairro cristão de Beirute". No dia 5 de fevereiro passado foram registrados em Beirute sérias desordens no bairro cristão, onde foi incendiado o consulado da Dinamarca.

A reunião de hoje é a primeira que o Papa Bento XVI tem com um líder muçulmano depois das reações violentas provocadas nos países muçulmanos pela publicação na imprensa européia de caricaturas de Maomé.