O Foro Espanhol da Família (FEF) expressou seu "total repúdio" ao projeto de lei de Técnicas de Reprodução Assistida que será debatido em breve no Congresso dos Deputados, porque supõe a "desproteção jurídica total da vida humana em sua fase embrionária, e um total desprezo do direito à vida do ser humano em seus primeiros dias".

Em um comunicado, o FEF adverte que "esta lei subordina o direito à vida à experimentação e o abuso tecnológico". Também manifestou seu repúdio à legalização dos "bebê medicamento", a clonagem e a utilização indiscriminada de embriões para a pesquisa, a fecundação depois da morte e a eliminação de todo limite ao número de embriões que podem ser fabricados in vitro.

"Com a aprovação deste projeto de lei se dá um notável passo atrás nas primeiras garantias introduzidas em 2003 parra pôr limite ao número de embriões produzidos e congelados e a sua experimentação", assinalou o porta-voz do FEF, Benigno Blanco.

Segundo o porta-voz, a "Espanha vai se tornar um dos países europeus onde a vida do embrião humano está mais desprotegida e onde o legislador renuncia a toda consideração ética frente ao mero desenvolvimento tecnológico". Os critérios deste projeto de lei são contrários às mudanças legislativas nos países de nosso entorno como a Itália, Suécia ou Inglaterra, explica o texto.

O FEF recordou que as células-tronco procedentes de embriões humanos não podem curar hoje em dia nenhuma doença, enquanto que com células-tronco adultas –que não têm nenhuma contra-indicação ética–, já existem aplicações terapêuticas eficazes.

Finalmente, o Foro fez um chamado aos poderes públicos para que priorize absolutamente a pesquisa e uso de células-tronco de tecidos adultos tanto na atribuição de recursos públicos como para a pesquisa como na prática clínica.