O Presidente da Conferência Episcopal Mexicana (CEM) e Bispo de León, Dom José Guadalupe Martín Rábago, exortou os partidos políticos a superar egoísmos e interesses partidaristas para combater a violência no país.

Dom Martín lembrou que um em cada dez crimes cometidos no país recebe punição e exortou a trabalhar com a cidadania para elevar a cultura da denúncia e assim erradicar a violência e delinqüência acentuadas nos últimos dias.

O Presidente da CEM denunciou os roubos, seqüestros, lesões, violações, assassinatos, brigas de gangues, e "a forma de manipular a linguagem agressiva, os salários injustos, a marginalização dos camponeses, o favoritismo em benefício de pessoas ou grupos privilegiados, assim como a violência na família", como parte desta onda de violência no México. Por isso, exigiu "sintonia, cooperação e colaboração" entre o Governo e os cidadãos, que por sua vez, apontou, devem superar a ignorância, medo ou desconfiança dos agentes do Ministério Público quando forem vítimas de um crime.

Por outro lado, o Arcebispo do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, insistiu ao Governo federal que ponha ''tudo o que está a seu alcance'' para evitar que os focos de violência se estendam a nível nacional.

O Cardeal comentou que a presença do exército em Acapulco –onde se registrou um enfrentamento entre policiais e narcotraficantes na sexta-feira passada– é um bom sinal de que o Estado está decidido a atuar com força neste terreno, mas considerou que a solução "não é a militarização".

"A base da solução sempre estará na educação e que a paz se difunda. Uma sociedade se torna violenta quando suas famílias foram transtornadas e aí se incuba a violência", destacou, e acrescentou que "isto não se suprime nem com militares nem com policiais".