O Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI) e Vigário de Roma, Cardeal Camillo Ruini, criticou a resolução aprovada pelo Parlamento Europeu em 18 de janeiro passado porque promove o programa homossexual e atenta contra "o valor e as funções da família legítima fundada no matrimônio".

Durante seu discurso de abertura do Conselho Permanente do Episcopado italiano, o Cardeal classificou de "profundamente erradas e cheias de conseqüências negativas" este tipo de disposições, que "constituem um tipo de obrigação e uma espécie de pressão moral ao afastar-se dos fundamentos próprios de nossa civilização".

Nesse sentido, expressou sua preocupação pela "tendência" a introduzir normas que "não respondem a autênticas exigências sociais", mas que comprometem "gravemente o valor e as funções da família baseada no matrimônio".

Em 18 de janeiro, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que considera um direito o "casamento" entre casais do mesmo sexo e a adoção de menores por parte destes, entre outros pontos. Além disso, contempla possíveis sanções contra os Estados membros que não aplicarem esta lei.

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Votar pelo respeito aos valores morais

Por outro lado, o Cardeal Ruini assinalou que o Episcopado decidiu "não se envolver" nas próximas eleições gerais de abril. Esclareceu que isso não significa "indiferença nem falta de compromisso", mas sim o interesse em contribuir para a "quietude" do clima político e a "concórdia sobre os valores e interesses" da Itália.

Entretanto, chamou os italianos a levar em conta o respeito à vida e à família no momento de votar. Explicou que é dever dos bispos lembrar "aos eleitores e futuros eleitos" alguns "conteúdos irrenunciáveis" e "verdades elementares que concernem a nossa comum humanidade".