Matteo Bruni, diretor da assessoria de imprensa da Santa Sé, informou ontem (20), que o cardeal Matteo Zuppi foi convidado pelo papa Francisco para chefiar uma missão de paz entre a Rússia e a Ucrânia em nome do Vaticano.

 

“O momento da missão e o modo como ela será realizada estão sendo estudados”, disse Bruni em uma breve declaração aos jornalistas ontem (20).

 

Bruni disse que o papa Francisco espera que a operação, que será feita de acordo com a Secretaria de Estado, “dê início a caminhos de paz”. Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da conferência episcopal italiana, tem fortes laços com a comunidade de Sant´Egidio, associação católica de leigos que ajuda migrantes e promove o ecumenismo, além de também promover a reconciliação através de negociações de paz em países como Moçambique e Sudão do Sul.

 

O papa disse no final de abril que o Vaticano estava envolvido em uma missão secreta de paz para dar fim ao conflito na Ucrânia.

 

Autoridades russas e ucranianas negaram rapidamente que negociações estivessem em curso, mas um assessor papal próximo confirmou a declaração do papa em entrevista a uma agência de notícias italiana publicada no início de maio.

 

Ontem (20), o papa disse a um grupo de religiosos com forte devoção a Maria que consagrou a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria em 2022 porque o mundo precisa aprender a amar com ternura e “sem fazer cálculos”.

 

“E a vocês, que são da Companhia de Maria, peço que renovem este ato de confiança e esta súplica. Que nossa Mãe Celestial ajude-nos todos a buscar caminhos de perdão, diálogo, acolhimento e paz para toda a humanidade com diálogo e criatividade”, disse o papa aos Missionários de Montfort ao fim de seu capítulo geral.

 
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