"Este é o momento de agir e estabelecer uma paz definitiva e justa na Ucrânia e em todas as outras áreas chamadas ‘cinzentas’ da Europa”, disse o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, no último dia da cúpula de chefes de Estado e de governo do Conselho da Europa, na Islândia.

Foi a quarta reunião de mais alto nível do Conselho da Europa em seus 74 anos de história.

A organização, formada por 46 países, foi criada para defender os direitos humanos, a democracia e o estado de direito no continente. A Santa Sé tem status de observadora, isto é, não tem direito a voto.

O Vatican News informou que em seu curto discurso, o cardeal Parolin abordou a situação na Ucrânia e exortou os líderes europeus a se perguntarem "onde estão os esforços criativos pela paz?"

"Não podemos aceitar passivamente a continuação da guerra agressiva naquele país atormentado", disse ele.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, causando o deslocamento de milhões de ucranianos para outros países e a morte de muitas pessoas.

Desde o início, o papa Francisco pediu o fim do conflito e ofereceu a colaboração da Santa Sé. Em 13 de maio, o papa recebeu em audiência o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

O cardeal Parolin disse, citando as palavras do papa Francisco, que esta guerra mostra que “a busca apaixonada por uma política de comunidade e pelo fortalecimento das relações multilaterais parece uma lembrança de um passado distante”.

“Parece que estamos testemunhando o triste ocaso daquele sonho coral de paz” que levou à criação do Conselho da Europa em 1949, disse Parolin.

O cardeal Parolin concluiu seu breve discurso reiterando que a Santa Sé continuará trabalhando para alcançar a paz na Europa e no mundo.

Na quarta-feira (17) o Conselho da Europa acordou a criação de um Registro dos Danos causados ​​pela invasão russa, como primeiro passo para um mecanismo de compensação internacional, pois a organização considera que Moscou deve ajudar na reconstrução quando a guerra terminar.

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