O nome de santa Irmã Dulce foi inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à lei aprovada em 26 de abril foi publicada hoje (17) no Diário Oficial da União (DOU).

A inclusão no livro reconhece “as personalidades que tiveram papel fundamental na defesa ou na construção do país”, segundo a Agência Senado. O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria foi criado em 1992. Ele tem páginas de aço e fica guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, irmã Dulce ou Santa Dulce dos Pobres como é conhecida, nasceu no dia 26 de maio de 1914, em Salvador. Aos 13 anos, com a ajuda do pai, acolhia mendigos e doentes em casa.  Aos 19 anos se formou professora e ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe. Aos 20 anos fez sua profissão religiosa, adotando o nome de irmã Dulce, em homenagem a sua mãe.

Voltou a Bahia em 1934 e dedicou-se a cuidar dos doentes e dos mais carentes da comunidade pobre de Alagados e Itapagipe, na Bahia. Em 1949 fundou um albergue improvisado em um galinheiro ao lado do convento santo Antônio, em Salvador. Depois esse lugar tornou-se o hospital Santo Antônio. Atualmente o hospital se chama Associação Obras Sociais Irmã Dulce, maior ONG de saúde no Norte e Nordeste e a 9ª do Brasil.

O papa são João Paulo II em sua primeira visita ao Brasil, em 7 de julho de 1980, incentivou irmã Dulce a prosseguir com a sua obra. Após quatro anos ela fundou a Associação Filhas de Maria Servas dos Pobres. Em 1988 ela foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz. Papa João Paulo II visitou Irmã Dulce em sua segunda visita ao Brasil, em 20 de outubro de 1991. Ela já estava bem doente, no convento Santo Antônio.

Irmã Dulce morreu aos 77 anos no dia 13 de março de 1992 e tornou-se a primeira santa brasileira, canonizada no dia 13 de outubro de 2019, pelo papa Francisco.

 

 

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