O Espírito Santo é quem faz de modo silencioso, humilde e eficaz "a transformação dos nossos corações" para que seja possível a vida cristã, que é "Cristo em nós, para nos parecermos com Ele, para vivermos como Ele viveu", diz o bispo de Córdoba, Espanha, dom Demétrio Fernández, em sua carta semana cujo tema foi o Espírito Santo.

Para Fernández, a função do Espírito Santo “é unir, porque brota da comunhão do Pai e do Filho”. É “um personagem silencioso e discreto” que sustenta a vida do cristão mesmo que não perceba, porque "não tem um papel de ostentação, mas de eficácia".

Esta eficácia é evidente no fato de que “Ele é o autor da Encarnação do Filho, um mistério insondável, através do qual Deus veio do seu mundo ao nosso”.

“É o abraço, o beijo de amor” entre o Pai e o Filho e que Cristo envia a sua Igreja para santificá-la, acrescenta.

O Espírito Santo, diz o bispo, também "foi o motor do coração de Cristo", aquele que infundiu n’Ele "o desejo redentor", aquele que o conduziu à "entrega suprema na Cruz" e que o ressuscitou do sepulcro.

Dom Fernández diz que a palavra "Paráclito", com a qual se designa o Espírito Santo, significa "aquele que está ao nosso lado e fala em nosso nome antes de um julgamento".

Assim, Jesus, "o primeiro advogado de defesa", promete-nos "um outro Paráclito que estará sempre conosco, sempre nos defenderá, vai nos introduzir na gozosa intimidade do Pai e do Filho, incendiará os nossos corações, infundirá em nós o desejo redentor de Cristo".

“Jesus fala deste Espírito e cumprirá sua promessa quando o enviar à sua Igreja no dia de Pentecostes”, diz dom Fernández.

Por isso, conclui dom Fernández, “é necessário recorrer continuamente à sua ação, pedi-la, desejá-la, preparar-nos para recebê-la”.

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