"O autêntico motor de nosso trabalho é reconhecer que Cristo está no meio de nós", disse o padre Felipe García Díaz-Guerra, diretor da Fundação espanhola "Mãe da esperança", que acompanha e apoia pessoas com deficiência e suas famílias.

A fundação celebrou 50 anos em abril. Um grupo de voluntários e deficientes viajou a Roma para se encontrar com o papa Francisco, que os recebeu na Sala Clementina do Palácio Apostólico.

O padre diocesano de Toledo, Espanha, e diretor-geral da fundação, contou à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, os detalhes de sua audiência com o papa Francisco e algumas anedotas de sua visita à capital italiana.

Ele disse que “viajar com pessoas com deficiência intelectual é um pouco difícil, porque altera muito o ritmo de sua vida cotidiana”.

"Mas eles viveram isso com imenso entusiasmo por estar com o papa e pedir a sua bênção neste momento tão importante dos 50 anos de fundação desta obra da Igreja em Talavera de la Reina (Toledo, Espanha)", disse ele.

Para os participantes da Fundação, “esta comemoração representa o reconhecimento do trabalho feito pelos profissionais, do esforço das famílias e o apoio de muitas pessoas que fizeram destes 50 anos uma história de ilusão, esperança e muito amor cristão”.

Sobre o encontro com o papa Francisco, o padre espanhol disse que o papa soube transmitir “qual é o verdadeiro motor do nosso trabalho de acompanhamento e apoio às pessoas com deficiência e suas famílias: reconhecer que Cristo está no meio de nós”.

Para o padre García, "é o amor que Jesus nos comunica o que enche de valor o sofrimento e abre possibilidades novas, de esperança, a estas pessoas que desenvolvem e fazem desenvolver novas capacidades e desejos de entrega a todos os que estamos a seu lado”.

“Acreditamos nas capacidades das pessoas com deficiência e essa 'fé nelas' é o melhor estímulo para que ocupem o lugar que corresponde a elas na sociedade e na Igreja”, disse o padre Felipe.

Recordando o discurso do papa Francisco à Fundação, o padre destacou o momento em que “nos disse como é bonito, como é belo celebrar cinquenta anos unidos para trabalhar juntos”.

“Estes primeiros 50 anos desta obra da Igreja diocesana de Toledo foram fruto de um trabalho unido no Senhor Jesus pelas pessoas com deficiência”.

Esta união entre famílias, dioceses, instituições e benfeitores é, segundo o padre García, “o que nos permitiu não só crescer como instituição, mas sobretudo apoiar as pessoas com deficiência a crescer com dignidade e inclusão plena na sociedade”.

O padre Felipe falou da gratidão do papa Francisco "por levar Jesus aos outros, mesmo que não percebemos."

“Ser presença de Jesus, testemunho do seu amor, é o que dá sentido à Fundação. E neste momento de crescente descristianização a nossa Fundação é chamada a ser claramente evangelizadora e missionária”, disse.

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