Durante o mês de maio, a praça de São Pedro acolhe a exposição fotográfica Womens Cry (Choro das mulheres), com imagens que pretendem dar voz à dor e às injustiças sofridas por algumas mulheres em todo o mundo.

A exposição é promovida pelo Dicastério para a Comunicação da Santa Sé em conjunto com a União Mundial das Organizações de Mulheres Católicas (UMOF) e a empresa “Hand Shake”.

Fotografia de uma menina na fronteira com a Ucrânia / Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Segundo disseram os organizadores na apresentação que aconteceu hoje (2) na sala de imprensa da Santa Sé, a exposição é composta por 26 fotografias de 8 fotógrafos internacionais "que aceitaram o desafio de dar voz ao grito de dor, muitas vezes oculto, das mulheres no mundo”.

Paolo Ruffini intervém na entrevista coletiva de hoje (2) / Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

As fotos mostram os rostos de mulheres, meninas e idosas desde o coração da Amazônia até as favelas do Brasil, passando pelas ilhas gregas, as fronteiras da Ucrânia e da Índia até o interior de Bangladesh no Sudeste Asiático.

Segundo María Lia Zervino, presidente da UMOF, esta exposição na praça de São Pedro “é um sinal de como a Igreja não deixa as mulheres que sofrem sozinhas”. “Quer abraçar todas as mulheres do mundo para dar visibilidade e melhorar a vida delas e de suas famílias”, disse.

Fotografia da exposição "Choro de Mulher" / Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Para o prefeito do Dicastério de Comunicação, Paolo Ruffini, essas imagens “mostram a beleza para mergulhar na dor” e ajudam crentes e não crentes a compreender a dor através da beleza.

Cada imagem da exposição é acompanhada por uma das frases da encíclica Fratelli tutti, do papa Francisco.

Lia Giovanazzi Beltrami, realizadora, produtora e diretora artística desta iniciativa, disse na entrevista coletiva que a fotografia é uma linguagem universal e que o projeto visa “criar uma mudança social de forma emocional”.

Ela também disse que "não foi uma jornada fácil" e que cada fotografia "conta um drama com uma profunda esperança".

Menina indiana / Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

Um dos autores da iniciativa, o fotógrafo Giuseppe Caridi disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que seu objetivo ao retratar uma mulher no deserto do Saara era “contar uma história através da beleza da vida e daqueles que ainda têm esperança”.

Giuseppe Caridi com sua fotografia / Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

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Para Caridi, “apesar dos problemas da vida, a beleza continua existindo” e a fotografia pode inspirar aqueles que sentem a dor como “uma mensagem de otimismo”.

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