Representantes da Conferência dos Bispos Católicos de Cuba (COCC, na sigla em espanhol) foram recebidos na quarta-feira (26) pelo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, como parte dos encontros do governo “com diferentes setores da Ilha”.

Numa breve nota publicada pela Presidência de Cuba, foi informado que o presidente da COCC, dom Emilio Aranguren e o arcebispo de Havana, cardeal Juan de la Caridad García Rodríguez, entre outros, estiveram presentes no encontro.

A reunião foi no Palácio da Revolução. Além do presidente de Cuba estiveram o primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, o membro do Secretariado do Comitê Central do Partido e chefe de seu Departamento Ideológico, Rogelio Polanco Fuentes, a chefe do Gabinete de Atenção aos Assuntos Religiosos do Comitê Central do Partido, Caridad Diego Bello.

Segundo a Presidência, “foram abordados temas relacionados com o trabalho da Igreja Católica, a situação socioeconômica do país, o reforço dos valores na sociedade, entre outros assuntos de interesse comum”.

“O encontro decorreu num clima de respeito mútuo, em correspondência com a política da Revolução para com a religião e os crentes e a plena liberdade religiosa consagrada na Constituição da República de Cuba”, diz a presidência.

Até o momento, a COCC não emitiu nenhum comunicado sobre o encontro com Díaz-Canel, que na semana passada foi reeleito presidente para um segundo mandato de cinco anos pela Assembleia do Poder Popular.

Este encontro acontece mais de dois meses depois da visita a Cuba do cardeal Beniamino Stella, enviado pelo papa Francisco para comemorar os 25 anos da viagem apostólica de são João Paulo II à ilha.

O cardeal Stella, que foi núncio apostólico em Cuba entre 1992 e 1999, disse durante sua visita que o papa Francisco deseja muito a libertação dos jovens que ainda estão presos por terem se manifestado em 11 de julho de 2021, para exigir liberdade e mudanças na a direção do país.

“Eu acho que o tema está sobre a mesa”, disse o cardeal à imprensa.

Num discurso perante as autoridades cubanas, Stella disse que “a liberdade não pode ser subordinada a nenhum cálculo de interesses ou circunstâncias, nem esperar tempos melhores para propiciá-la”.

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