O papa Francisco visitará a Hungria, país muito ligada à oração do Ângelus. Durante a sua visita ao país, em 1991, são João Paulo II, antes de rezar o Ângelus no santuário Húngaro de Máriapócs, disse: “Como bem sabem, a oração que vamos fazer —uma oração simples e breve, mas que contém nas suas expressões concisas o mistério central da nossa salvação—difundiu-se no mundo depois de um acontecimento histórico decisivo que aconteceu aqui".

Em 1456 ocorreu o Cerco de Belgrado. Tropas húngaras e sérvias enfrentaram o Império Otomano muçulmanos que ameaçava o cristianismo na Europa.

Junto às tropas cristãs estava o padre franciscano são João de Capistrano, que algum tempo antes havia recebido um mandato do papa Nicolau V para evangelizar as áreas europeias mais descuidadas e combater as heresias.

O santo, conhecido como "Apóstolo da Europa Unida", ao ver o avanço dos muçulmanos, começou a recrutar soldados voluntários, com especial sucesso na Hungria.

Durante a batalha, são João liderou um exército de cinco mil homens, por isso é o padroeiro dos capelães militares.

Em função dessa guerra, o papa Calixto III, sucessor de Nicolau V, ordenou a todos os católicos que rezassem o Ângelus ao toque dos sinos, pedindo a proteção divina. Belgrado foi salva.

Com o tempo, o repicar dos sinos tornou-se um sinal de vitória e é mantido até hoje em muitas igrejas com a recitação da "saudação do anjo a Maria".

São João Paulo II disse na Hungria que “a origem histórica desta oração, relacionada com a aspiração à tranquilidade e à paz, e a sua estrutura essencialmente bíblica que a partir da Encarnação e passando através do mistério pascal abre à esperança da ressurreição final, conservam o seu valor inalterado e seu frescor intacto séculos depois”.

“O Ângelus é uma oração sumamente atual”, disse.

Confira também: