“Os monges são o coração pulsante do anúncio: a sua oração é oxigênio para todos os membros do Corpo de Cristo, a sua oração é a força invisível que sustenta a missão”, disse o papa Francisco na audiência geral de hoje (26), na praça de São Pedro.

Francisco incentivou os fiéis a visitar os mosteiros para aprender a viver em harmonia espiritual, já que os consagrados nestes lugares “têm sempre as mãos ocupadas com o trabalho e a oração”.

O papa Francisco continuou seu ciclo catequético sobre a evangelização e o zelo apostólico do crente. O tema de hoje foi: “Testemunhas: o monaquismo e a força da intercessão. Gregório de Narek”.

O coração dos monges e monjas

"Entre os monges e as monjas há uma solidariedade universal:  aconteça o que acontecer no mundo, encontra lugar no coração deles e rezam."

“O coração dos monges e das monjas é um coração que recebe como uma antena, capta o que acontece no mundo e reza e intercede por isso”, acrescentou o papa.

Para o papa, “estes são os grandes evangelizadores. Como é que os mosteiros vivem fechados e evangelizam? Porque com a palavra, o exemplo, a intercessão e o trabalho diário, os monges são uma ponte de intercessão para todas as pessoas e para os pecados”.

"Pensemos um pouco nesta – permito-me a palavra – ‘reserva’ que temos na Igreja". Os religiosos contemplativos “são a verdadeira força, a força autêntica que leva em frente o povo de Deus”, disse o papa.

Os contemplativos renunciam a si mesmos

Segundo o papa, depois dos mártires (tema da última audiência), "existe outro grande testemunho que atravessa a história da fé: o das monjas e dos monges, irmãs e irmãos que renunciam a si, renunciam ao mundo para imitar Jesus no caminho da pobreza, da castidade e da obediência e para interceder a favor de todos”.

"Os monges são o coração pulsante do anúncio", disse Francisco. Por isso, observou que " Não é por acaso que a padroeira das missões é uma monja, Santa Teresa do Menino Jesus" (1873-1897).

Francisco disse que os contemplativos “rezam e trabalham em silêncio por toda a Igreja”. Este amor por todos "se traduz em sua oração de intercessão".

O papa citou o exemplo de são Gregório de Narek, que viveu por volta do ano 1.000. O aspecto mais comovente desse Doutor da Igreja, segundo o papa, é que rezou por todos os homens, bons e maus, para que Deus tivesse misericórdia e piedade deles.

O papa concluiu pedindo "que o Senhor nos conceda novos mosteiros, monges e monjas que levem em frente a Igreja com a sua intercessão!"

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