O papa Francisco disse que quer viajar em breve para a Argentina, sua terra natal para a qual não voltou desde que foi eleito papa em 2013.

“Quero ir ao país no ano que vem”, disse o papa Francisco ao jornalista Joaquín Morales Solá, do jornal argentino La Nación, segundo um artigo publicado ontem (23).

“Sempre quis voltar ao país”, disse Francisco, pedindo que não o vinculem à política de seu país natal. "Não me vinculem à política argentina, por favor", pediu.

Há pouco mais de um mês, em entrevista ao Infobae, o papa Francisco disse que sua viagem à Argentina estava prevista para 2017, mas por diversas circunstâncias não pôde ser feita.

Nessa entrevista, o papa também disse que uma viagem papal não deve ser feita em época de eleições “para evitar que a presença seja aproveitada pelo partido no poder para a reeleição ou algo do gênero. Eu quero ir para a Argentina”.

Se a viagem acontecer, o papa chegaria ao país após as eleições presidenciais de outubro de 2023.

O papa Francisco também disse ao La Nación que está em andamento o processo para nomear o sucessor do arcebispo de Buenos Aires, o cardeal Mario Poli, cuja renúncia já foi aceita.

“Só posso antecipar que há três candidatos fortes”, disse o papa, mas disse que “não posso nomear ninguém porque só um será designado”.

“Devo levar em conta a opinião das instituições vaticanas e dos cardeais que as dirigem. Não é só uma decisão pessoal", disse.

O papa Francisco também saiu em defesa, mais uma vez, do papa são João Paulo II, diante das recentes acusações no caso de Emanuela Orlandi, filha de um funcionário do Vaticano que desapareceu em 1983 aos 15 anos. Nunca se soube o que aconteceu com ela.

“João Paulo II foi um santo em vida e agora o é formalmente após a morte. Ninguém pode duvidar honestamente da decência do papa Wojtyla", disse o papa Francisco.

Sobre Bento XVI, morto em 31 de dezembro de 2022, o papa Francisco lembrou que “sempre tive dele apenas bons conselhos e ajuda permanente. Nós nos víamos muito mais do que se sabe, principalmente nos últimos tempos quando era evidente que a sua saúde piorava irremediavelmente”.

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