O papa Francisco rezou a missa da Ceia do Senhor hoje (6), Quinta-Feira Santa, na prisão juvenil Casal del Marmo, a 11 km de Roma. Na celebração, o papa lavou os pés de doze detentos.

Na homilia, Francisco recordou que Jesus “quer nos ensinar a nobreza do coração” nesta celebração.

“É bom ajudar uns aos outros, dar as mãos, são gestos universais que nascem de um coração nobre”, disse. Jesus conhece nossos pecados “nos ama como somos, Ele não tem medo de nossas fraquezas ", continuou. "Ele já pagou, só quer nos acompanhar para que a vida não seja tão difícil para nós".

Para o papa, o gesto de lavar os pés "não é uma coisa folclórica, mas um gesto que anuncia como devemos ser uns com os outros".

Francisco também falou da “dignidade de ser pecador” e disse que faria este gesto “como lembrança do que Jesus nos ensinou. Assim a vida é mais bonita e é possível seguir em frente”.

O papa pediu aos detentos que pensem que foi Jesus quem lavou seus pés e os salvou. “O Senhor está ao lado de vocês, nunca os abandona, nunca”, concluiu o papa.

Após a homilia, o papa Francisco lavou e beijou os pés de 10 homens e 2 mulheres. Ao final da missa, a diretora do centro, Maria Teresa Luliano, falou algumas palavras de agradecimento ao papa.

Desde o início do seu pontificado, o papa Francisco rezou a missa da Última Ceia e fez o rito do lava-pés em diferentes lugares.

Em 2013, o papa foi para a prisão juvenil Casal de Marmo; em 2014 celebrou a missa da Ceia do Senhor na Fundação Don Carlo Gnochi-Centro “Santa Maria della Providenza”; e em 2015 rezou na prisão de Rebbibia, na periferia de Roma.

Em 2016, o papa celebrou a Quinta-feira Santa em Castel Novo di Porto, um centro para refugiados e imigrantes; em 2017 foi para a prisão de Paliano, na província de Frosinone e diocese de Palestrina, a cerca de 70 quilômetros de Roma; e em 2018 rezou a missa da Ceia do Senhor na prisão romana Regina Pacis, perto do Vaticano.

Em 2019, o papa visitou o Centro Penitenciário de Velletri, a 60 quilômetros do Vaticano. Em 2020 e 2021 o papa não visitou nenhuma “periferia existencial” para rezar esta missa devido às restrições impostas por causa da covid-19.

Em 2022, retomou esta tradição da Quinta-feira Santa na prisão Borgata Aurelia em Civitavecchia, (a 70 km de Roma), prisão que também foi visitada por são João Paulo II em 19 de março de 1987.

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