O padre Jorge Obregón LC, que forma jovens em liderança, fé e valores, falou à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, sobre a importância de praticar o jejum, especialmente na Sexta-feira Santa.

“É sempre bom praticar o jejum, mas principalmente no dia em que Jesus morre. Seu sentido é penitencial, é de imitação de Cristo, que também jejuou para se preparar para seu ato de amor mais importante e transcendente”, disse o padre fundador da plataforma católica New Fire.

O padre disse que o jejum também “nos lembra que existe uma fome muito mais profunda: a espiritual”.

“Mostra-nos que existe uma sede mais profunda, que é a do amor a Deus e ao próximo. Na Sexta-Feira Santa e durante toda a nossa vida, o jejum nos fortalece para o combate contra um mundo cujos atrativos nos fazem desviar e nos perder pelo caminho”, disse o padre, mestre em Teologia Bíblica pela John Paul the Great Catholic University, em San Diego.

Para o padre Obregón, o jejum “muda a qualidade da oração” porque “o corpo se sente a serviço da alma, do espírito”.

O padre disse que costuma jejuar às quartas e sextas-feiras, dias em que só toma uma xícara de café até a refeição principal do dia. “Mas há outras maneiras, como algo bem leve no café da manhã, almoço suficiente e pouco ou nada no jantar. Outros comem só pão e água ao longo do dia”, disse ele.

Por fim, lembrou aos católicos que “sentir um pouco de dor física, que muitos sentem sem procurá-la, por falta de meios e de comida, ajuda muito o espírito”.

Quem deve jejuar?

Segundo o cânon 1252 do Código de Direito Canônico, à lei do jejum “estão sujeitos todos os maiores de idade até terem começado os sessenta anos. Todavia os pastores de almas e os pais procurem que, mesmo aqueles que, por motivo de idade menor não estão obrigados à lei da abstinência e do jejum, sejam formados no sentido genuíno da penitência”.

Quem não jejua?

Além das pessoas que não jejuam por causa da idade, não devem guardar jejum as pessoas com problemas mentais, doentes, mulheres grávidas ou lactantes, trabalhadores de acordo com as suas necessidades, convidados a refeições que não podem recusar sem ofender gravemente ou outras situações morais ou impossibilidade física de manter o jejum.