“Diante de vocês, não sei o que dizer. Estou próximo a vocês, muito próximo, com a proximidade do coração”, disse o papa Francisco hoje (24) aos familiares dos mineiros poloneses que morreram em minas de carvão entre 20 e 23 de abril do ano passado.

“O silêncio é compassivo. Perder o marido, o pai num acidente como este, é ruim. E também o fato de que alguns estão enterrados lá, nas minas...”, continuou o papa aos presentes na Sala do Consistório, no Vaticano.

Francisco disse que em momentos de desgraça como este “parece que Deus não escuta a nossa oração”.

“Existe o silêncio dos mortos e o silêncio de Deus, e esse silêncio às vezes nos deixa com raiva. Não tenham medo: essa raiva é uma oração”, disse ele.

Para o papa, essa raiva “é um dos ‘por quês?’ que repetimos continuamente nestas situações. E a resposta é: Na escuridão o Senhor está próximo. Não sabemos como, mas está próximo”.

“Também eu rezo em silêncio e dou-lhes a minha bênção”, concluiu o papa Francisco.

Foram 18 mineiros que morreram entre 20 e 23 de abril de 2022 em várias minas no sul da Polônia.

Os trabalhadores morreram por causa de uma explosão de metano. Vários feridos foram levados para hospitais próximos com queimaduras graves.

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