Cinco primos são os herdeiros diretos das propriedades particulares de Bento XVI, que morreu em 31 de dezembro de 2022.

A informação foi dada pelo secretário pessoal de Bento XVI, dom Georg Gänswein, à mídia italiana após uma missa celebrada em Roma, Itália, no último domingo, na paróquia de Santa Maria da Consolação, igreja da qual o cardeal Ratzinger foi o titular.

O arcebispo achava que havia dois herdeiros diretos, mas soube que existem mais três, até então desconhecidos.

"Por lei tenho de escrever aos primos que são os parentes mais próximos, e por lei tenho de lhes perguntar: 'aceitam ou não aceitam a herança?'", disse Gänswein.

Ao jornal italiano Il Messaggero, dom Gänswein disse que “outros objetos pessoais, de relógios a canetas, de pinturas a móveis litúrgicos, foram incluídos em uma lista minuciosamente elaborada por Bento XVI antes de morrer”.

Ele contou que parte desses objetos pessoais foram entregues a pessoas próximas a ele: “Ele não se esqueceu de ninguém; colaboradores, secretários, seminaristas, estudantes, motoristas, párocos, amigos”.

Ele também disse que os direitos de seus livros permanecerão da Santa Sé e uma parte deles irá para a "Fundação do Vaticano Joseph Ratzinger".

Documentos pessoais destruídos

Quanto aos documentos mais pessoais de Bento XVI, como cartas e notas, seu ex-secretário disse que, cumprindo o testamento, foram destruídos.

Não existem mais escritos inéditos do papa e que o último livro de Bento XVI é “O que é o cristianismo”, publicado postumamente em janeiro de 2023.

"Uma pena? Sim, eu disse isso a ele também, mas ele me deu essa indicação, não tem como voltar atrás. Não há mais escritos inéditos”, disse dom Gänswein.

Por fim, falou sobre seu futuro e disse que “a Igreja Católica é grande geograficamente, mas também culturalmente”.

“O papa Francisco ainda não me deu nenhuma responsabilidade. Deve refletir e depois vai me dizer. Estou à disposição da Igreja e sou leal e fiel”, concluiu.

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