“Maior deve ser sempre o amor pela Cidade Santa, como por uma mãe, que merece o respeito e a veneração de todos", disse o papa Francisco hoje (9) ao receber os participantes do grupo de trabalho conjunto de diálogo entre o Dicastério para o Diálogo Inter-religioso e a Comissão Palestina para o Diálogo Inter-religioso.

Durante seu discurso, Francisco falou do "valor universal" e da importância da cidade de Jerusalém para judeus, cristãos e muçulmanos.

O papa disse que, no Evangelho, “Jerusalém é o lugar onde se desenvolvem tantos episódios da vida de Jesus, desde a sua infância, quando foi apresentado no templo, aonde iam todos os anos os seus pais para a festa da Páscoa”.

O papa falou do momento da vida de Jesus em que, poucos dias antes de sua Paixão, ele chegou à Cidade Santa e, “aproximando-se ainda mais, Jesus contemplou Jerusalém e chorou sobre ela, dizendo: 'Oh! Se também tu, ao menos neste dia que te é dado, conhecesses o que te pode trazer a paz!'” (Lc 19, 41-42).

"Jesus chora sobre Jerusalém", continuou o papa. “Não devemos seguir em frente muito depressa. Esse choro de Jesus merece ser meditado, em silêncio”.

“Irmãos e irmãs, quantos homens e mulheres, judeus, cristãos, muçulmanos, choraram e ainda choram por Jerusalém! Também para nós, às vezes, pensar na Cidade Santa nos leva às lágrimas, pois é como uma mãe cujo coração não consegue encontrar a paz por causa do sofrimento dos seus filhos”, continuou.

"Este episódio evangélico lembra o valor da compaixão: a compaixão de Deus por Jerusalém, que deve tornar-se a nossa compaixão, mais forte do que qualquer ideologia, de que qualquer dos lados”, concluiu o papa.

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