"O governo brasileiro acompanha os acontecimentos na Nicarágua com a máxima atenção e se preocupa com os relatos de graves violações dos direitos humanos e restrições ao espaço democrático naquele país, em particular execuções sumárias, detenções arbitrárias e torturas contra dissidentes políticos", disse o embaixador do Brasil na ONU, Tovar da Silva Nunes a Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, Suíça, ontem (7).

A fala acontece após a comunidade internacional criticar o Brasil, na sexta-feira, 3 de março, por não assinar uma carta que condena o governo de Daniel Ortega na Nicarágua, por crimes contra a humanidade.  A carta foi assinada e aprovada por 55 países neste mesmo dia, durante a reunião no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em fevereiro, Ortega acusou cerca de 316 cidadãos da Nicarágua de “traidores da pátria”, depois disso, ele revogou suas nacionalidades e os expulsou do país.

Ainda ontem, Tovar ressaltou que o Brasil reafirma “seu compromisso humanitário com a proteção dos apátridas e com a redução da apatridia” e que “o governo brasileiro se coloca à disposição para acolher as pessoas afetadas por esta decisão, nos termos do estatuto especial previsto na Lei de Migração brasileira".

"O Brasil está pronto para explorar formas de abordar esta situação de forma construtiva, em diálogo com o governo da Nicarágua e todos os atores relevantes", declarou Tovar.

 

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