O Arcebispo de Maracaibo, Dom Ubaldo Santana, eleito como novo Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), assinalou atrás de sua eleição que seguirá impulsionando o trabalho da Igreja por anunciar o Evangelho e defender a dignidade dos mais pobres.

Ao se apresentar ante os meios, o Prelado assegurou que trabalhará “em franca comunhão com o Santo Padre, Bento XVI” e recalcou que a prioridade da Igreja na Venezuela “seguirá sendo os mais pobres e débeis”.

“Se houver uma missão que segue particularmente vigente na Venezuela é atender essa imensa massa de venezuelanos que clamam por maior respeito, maior dignidade, maior tranqüilidade jurídica, física, cidadã, política. E chegar até os últimos deles  segue sendo para nós um mandato prioritário”, enfatizou o Prelado.

A nova presidência da CEV está conformada, além de Dom Santana, por Dom Roberto Luckert León, Arcebispo de Coro e Dom Jorge Urosa Sabino que ocupam a primeira e segunda vicepresidencia respectivamente, e o Bispo de Puerto Cabello, Dom Ramón Viloria, eleito como Secretário Geral.

Caminho do diálogo

Apesar das tensas relações com o governo de Hugo Chávez, os bispos anunciaram que a atual diretiva “persistirá em sua intenção de ser um instrumento de diálogo, reconciliação e entendimento com as autoridades nacionais e com todos os venezuelanos”.

“Somos cientes de viver tempos de grandes desafios, difíceis e por isso vamos trabalhar juntos, unidos e como equipe para procurar o fortalecimento da Conferência Episcopal de acordo ao mandato estatutário que recebemos”, explicou Dom Santana.

O Prelado insistiu em que a CEV sempre foi um espaço aberto para todos aqueles que querem procurar soluções de paz, caminhos de entendimento e superação da violência e destacou que o episcopado “seguirá cumprindo sua missão de anunciar a Jesus Cristo em todos os foros, em todos os espaços e frente às realidades que se vivem atualmente”.

Um objetivo importante da CEV será aplicar a renovação eclesiástica proposta pelo Concílio Plenário da Venezuela, para isso criarão uma comissão especial visando a aplicação deste instrumento, integrada por bispos, sacerdotes, religiosas e leigos. Dom Santana teve palavras de reconhecimento a Dom Baltasar Porras, quem “nos deixou toda uma escola –aos que agora estamos à frente da Conferência– de trabalho, de dedicação, de entrega e de serviço à Igreja, ao povo de Deus e também a este país”.