"O radicalismo jihadista se vence com o cristianismo vivido de forma radical", disse o padre da diocese de Getafe, Francisco "Patxi" Bronchalo, em resposta ao atentado terrorista perpetrado na quarta-feira (25), em Algeciras, Espanha.

Um sacristão foi morto, deixando a mulher e dois filhos, e vários fiéis, entre eles um padre salesiano, foram feridos por um radical muçulmano que atacou com um facão.

 “O radicalismo jihadista se vence com o cristianismo vivido de forma radical, e é exatamente disso que fala este tópico”, disse padre Bronchalo, ao compartilhar a reflexão do responsável pela comunicação da Cáritas Getafe, Juan F. Prado.

Nela, expõe sua consternação com o fato, mas também “por ler cristãos liberarem tanto ódio nas redes contra migrantes e muçulmanos”. A reflexão exorta a “praticar a caridade, consolar quem sofre e perdoar quem nos persegue”, rezando pelos terroristas.

O sacerdote da arquidiocese de Barcelona, Pablo Pich Aguilera, disse após o ataque que "estamos desarmados com discursos bonzinhos (que demonizam os defensores da ordem), de abraços e arco-íris de paz, políticas que levaram isso a um ponto irreversível”.

Em outra mensagem, o padre afirmou que “as leis perversas são piores que os facões. Ambas as coisas devem ser combatidas, mas não esqueçamos qual é o verdadeiro mal”.

Em apoio às suas palavras, citou o evangelho de são Mateus: “Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei acima de tudo aquele que vos pode fazer perder a alma e o corpo no inferno”.

O padre Jesús Silva, da arquidiocese de Madri, destacou que, embora o atentado seja obra de um homem e não de uma religião, também é verdade que no livro sagrado muçulmano "é possível encontrar justificativas para o assassinato em nome de Deus, algo que no Novo Testamento você não encontrará”.

O islã "é uma religião de paz se você não seguir seus mandamentos", acrescentou o padre.

O padre Juan Manuel Góngora, incardinado na diocese de Almeria, referiu-se ao comunicado da Comissão Islâmica da Espanha, no qual expressaram seu choque ante "a abominável ação criminosa assassina e impiedosa, no terrível atentado contra religiosos e fiéis inocentes, em um espaço sagrado para os nossos irmãos e irmãos católicos em Algeciras”.

O padre agradeceu pelo texto, mas considerou que “a repulsa sincera ao terror islâmico se deve mostrar também com obras” e, consequentemente, devem esclarecer “as supostas colaborações com o jihadismo que tanta dor e morto provoca aos fiéis cristãos por todo o mundo”.

Mais em

O padre Israel Risquet, da arquidiocese de Sevilha, afirmou que "vidas cristãs importam", em um aceno à campanha "Black Lives Matter" lançada nos Estados Unidos em resposta ao assassinato de cidadãos negros por forças de ordem.

Confira também: