O delegado da Comunidade Educativa da Igreja Local (CEIL) do Vicariato de Beni, na Bolívia, padre Pedro Flores, criticou o "currículo pervertido" de Educação Sexual Integral apresentado pelo Ministério da Educação.

O novo currículo foi anunciado em dezembro pelo Ministério da Educação e, em 3 de janeiro, foi publicada a Resolução Ministerial 001/2023, documento normativo pedagógico que regulamenta a Gestão Educacional e Escolar para o ano de 2023 e entra em vigor em 1º de fevereiro, com o início das aulas na Bolívia.

Em entrevista coletiva na sexta-feira (2), padre Flores destacou que o conteúdo, que será ensinado nas escolas do nível inicial, “é um currículo pervertido, que perverterá a mente das crianças”.

“Sob o guarda-chuva do que é a Educação Sexual, querem propor a ideologia de gênero e mostrar como se houvesse uma terceira via na identidade da pessoa humana”, denunciou.

O sacerdote convocou toda a população a se manifestar perante "este fato tão perverso".

A presidente da Associação de Pais do Colégio La Salle, Jeannine Vaca Cuellar, anunciou uma mobilização para acabar com a interferência na educação de seus filhos.

“Não podemos permitir que o Ministério da Educação venha nos dizer como vamos educar nossos filhos”, disse.

Dias atrás, a Conferência Episcopal Boliviana exortou a não ser meros observadores neste processo que afeta profundamente as famílias e a sociedade.

Também pediu ao Ministério da Educação que reveja e tenha em conta os pedidos que os professores e pais já fizeram. Apelaram a estes últimos a terem um "senso crítico", baseado em princípios e valores, não em "imposições ideológicas".

As inscrições para o Ciclo Escolar 2023 na Bolívia começaram no dia 16 de janeiro. A nova proposta curricular inclui conteúdos como xadrez, origami e sexualidade, para os diferentes níveis de ensino.

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