“O objetivo do meu compromisso é a igualdade de gênero”, disse em entrevista ao site alemão Welt am Sonntag a monja beneditina alemã Philippa Rath. Rath participa do Caminho Sinodal Alemão no qual defende a ordenação de sacerdotisas e a abolição do celibato na Igreja Católica.

“Quando disse há três anos no serviço de abertura do Caminho Sinodal que a justiça de gênero é o tema futuro crucial da Igreja, eu estava completamente sozinha”, disse a monja. Segundo ela, “hoje, o presidente da Conferência Episcopal Alemã, dom Georg Bätzing, e muitos outros responsáveis ​​veem da mesma forma”.

O Caminho Sinodal Alemão é um processo de discussão entre bispos e leigos iniciado em dezembro de 2019. Eles discutem temas como o exercício do “poder”, a moral sexual, o sacerdócio e o papel da mulher na Igreja, sobre os quais manifestaram, pública e por diversas vezes, posições contrárias à doutrina católica.

Irmã Philippa Rath é autora do livro “Porque Deus Quer Assim”, de 2021, no qual fala sobre este tema. Ela acredita que poderá ver “as primeiras mulheres ordenadas”.

“Não é o gênero que importa, é a humanidade”, acrescentou.

Sobre seu apoio ao fim do celibato, a freira alemã disse que “os religiosos vivem o celibato voluntariamente e em comunidade. Muitos padres, ao contrário, o aceitaram como um mal necessário”.

“Quando vejo tantos padres solitários, me surpreende. Outros levam uma vida dupla. Imagino que deva ser igualmente estressante", disse irmã Philippa.

Em maio de 2022, a beneditina disse a Vatican News em alemão que “existe um movimento muito grande em nossa igreja neste momento que exige direitos iguais para as mulheres e está tentando possibilitar que as mulheres sejam ordenadas diáconos e sacerdotes”.

“No caminho sinodal, estamos lutando precisamente por essas questões e tentando levantá-las internacionalmente, e depois no sínodo romano dos bispos”, disse.

Em entrevista em junho de 2021 ao site alemão deutschlandfunk.de, a freira afirmou que “há muitas mulheres em nossa Igreja que não só sentem a vocação de ser sacerdotisas e diaconisas, mas conhecem e sabem que são chamadas por Deus”.

“Queremos e temos como objetivo que as mulheres possam participar de todos os ministérios da Igreja e que possam se tornar sacerdotes como os homens”, disse a freira beneditina.

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