O promotor de justiça do Estado da Cidade do Vaticano, Alessandro Diddi, decidiu reabrir o caso de Emanuela Orlandi. Emanuela era filha de um funcionário do Vaticano que desapareceu em 1983 aos 15 anos. Nunca se soube o que aconteceu com ela.

O Vaticano encerrou o caso em abril de 2020. Diddi decidiu reabrir o caso após pedidos da família de Emanuela. O irmão dela, Pietro Orlandi, lidera uma campanha para resolver o caso há quase 40 anos.

Diddi disse que "todos os arquivos, documentos, relatórios, informações e testemunhos" do caso serão reexaminados para "não deixar pedra sobre pedra".

Segundo a agência de notícias italiana ANSA, a advogada da família, Laura Sgrò, disse que os Orlandi ainda não receberam nenhuma intimação ou notificação oficial.

Emanuela Orlandi desapareceu em 22 de junho de 1983, ao sair da escola de música de Santo Apolinário, em Roma.

Há especulações sobre o envolvimento da máfia, membros corruptos do clero corruptos ou ativistas da "Frente de Libertação Turca", ligada a Mehmet Ali Agca, que tentou matar João Paulo II na praça de São Pedro em 1981.

A família Orlandi tenta encontrar pistas há quase 40 anos e, em 2012, pediu uma investigação quando encontrou restos ósseos não identificados ao lado do túmulo do líder da máfia romana Enrico De Pedis, na basílica de Santo Apolinário. Os estudos forenses, no entanto, concluíram que os ossos não eram de Emanuela Orlandi.

Em 2018, foram encontrados ossos no porão da nunciatura de Roma, mas as investigações determinaram que eram anteriores a 1964.

Em março de 2019, a família de Orlandi recebeu uma carta anônima com foto do túmulo e a frase “busque onde o anjo indica”.

A tumba estava no Cemitério Alemão, dentro do Vaticano, e por isso pediram à Santa Sé que a abrisse. Emanuela Orlandi não estava lá. A investigação do caso foi encerrada em abril de 2020.

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