O cardeal australiano George Pell, que morreu ontem (10) aos 81 anos, disse ao longo da vida que vale a pena recordar sobre o significado da vida e da morte.

“Embora nem todos os católicos sejam chamados a ser sacerdotes ou religiosos, todos são chamados a seguir a Cristo de maneira séria, a imitar a totalidade da vida de Cristo no que tradicionalmente chamamos de santidade”. (Discurso de formatura para a classe de 2008, Thomas Aquinas College.)

“A vida após a morte é um mistério, mas a partida corpórea de Cristo nos lembra que acreditamos na ressurreição do corpo, bem como no julgamento final no último dia. Não somos apenas membros do povo de Deus, mas pertencemos ao Corpo de Cristo de um modo místico. Apesar de todos os nossos pecados e fraquezas, somos divinizados, feitos um pouco como o único Filho de Deus, especialmente na próxima vida”. (Homilia feita em 2013.)

“Não passe a vida em cima do muro, deixando suas opções em aberto, pois apenas o compromisso traz realização. A felicidade vem de cumprirmos nossas obrigações, cumprir o nosso dever, especialmente nas pequenas coisas e com regularidade, para que possamos enfrentar os desafios mais difíceis.” (Homilia da Jornada Mundial da Juventude de 2008 na Austrália.)

“Nunca tive problemas com a doutrina de que a purificação pode ser necessária antes que possamos estar na presença de Deus ou lidar com sua bondade. Eu comparo isso ao desconforto que sentimos quando somos acordados por uma luz brilhante repentina. Mas sempre lutei para conciliar as noções de um Deus amoroso e da punição eterna... Meu falecido amigo jesuíta, padre Paul Mankowski, apoiou o argumento de John Finnis de que o fracasso em levar a sério a afirmação de Jesus de julgar a todos no último dia 'é o coração da crise de fé e moral.' Eu agora concordo. A esperança cristã para o triunfo do bem requer o julgamento de Jesus”. (“Last Things”, artigo publicado na revista First Thingsem 2020.)

“Daremos bons frutos aprendendo a linguagem da Cruz e inscrevendo-a em nossos corações”. (Homilia da Jornada Mundial da Juventude de 2008 na Austrália.)

“Seja qual for a nossa situação, devemos rezar por uma abertura de coração, por uma vontade de dar o próximo passo, mesmo que tenhamos medo de nos aventurar muito mais longe. Se pegarmos na mão de Deus, ele fará o resto. A confiança é a chave. Deus não falhará conosco”. (Homilia da Jornada Mundial da Juventude de 2008.)

“Acredito que tanto a democracia quanto a liberdade religiosa estão no centro de uma boa vida. A discussão filosófica é indispensável para sua sobrevivência, mas a democracia e a liberdade religiosa só podem ser defendidas por cidadãos determinados que reconhecem os problemas e têm a vontade política de agir”.(“The Heart of the Good Life,” artigo publicado na revista First Things em 2021.)

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