A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse estar “perplexa com as graves e violentas ocorrências em Brasília”. As sedes dos três poderes, o Palácio do Planalto, sede do poder executivo, o Congresso, e a sede do Supremo Tribunal Federal foram invadidas e depredadas por manifestantes favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em um tuíte publicado em seu canal oficial, a CNBB pede “serenidade, paz e o imediato cessar dos ataques criminosos ao Estado Democrático de Direito”. “Esses ataques devem ser imediatamente contidos e seus organizadores e participantes responsabilizados com os rigores da lei”, diz a organização. “Os cidadãos e a democracia precisam ser protegidos”.

A polícia não conseguiu conter os atos de vandalismo na capital e com isso, os manifestantes quebraram vidraças, destruíram e danificaram móveis e rasgaram obras de arte nas sedes dos três poderes.

Logo após os atos de vandalismo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou a intervenção federal no Distrito Federal (GDF) até o dia 31 de janeiro de 2023. “Essa intervenção está limitada à área de segurança pública, com o objetivo de conter o grave comprometimento da ordem pública no DF, marcado pela violência contra prédios públicos”, disse Lula.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, todas ações da PMDF são orientadas e determinadas pelas autoridades de segurança do Governo do Distrito Federal e responsabilizou a Secretaria de Segurança Pública do DF por eventuais falhas no planejamento das ações de proteção à Praça dos Três Poderes.

Para impedir manifestações e protestos contrários ao resultado das últimas eleições, Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública assinou uma portaria que permitia o uso da Força Nacional na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, entre os dias 7 a 9 de janeiro.

Dino ainda anunciou no sábado (7), que estava discutindo sobre as devidas providências contra os atos antidemocráticos com os diretores-gerais da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. E ainda havia tratado acerca do assunto com José Múcio Monteiro, ministro da Defesa e com Ibaneis Rocha (MDB-DF), governador do Distrito Federal.

Segundo o presidente Lula, o governo vai “descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília”, e que “todos eles pagarão com a força da lei pelo gesto de irresponsabilidade”, “gesto antidemocrático” e “gesto de vândalos e de fascistas”.

 

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