A futura ministra do Turismo, deputada federal Daniela de Souza Carneiro (União Brasil-RJ), é coautora de projeto de lei (PL) que impede linguagem neutra em escolas públicas e privadas.

Daniela do Waguinho é evangélica e casada com Wagner Carneiro, o Waguinho, prefeito de Belford Roxo (União Brasil- RJ). Formada em pedagogia, ela foi professora do ensino infantil e secretária municipal na prefeitura de Belford Roxo (RJ).

Deputada com mais votos no Estado do Rio de Janeiro, foi reeleita a deputada federal nas eleições deste ano. Mesmo sem experiência na área de turismo, foi escolhida pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ontem (29), como ministra do Turismo.

“Sinto-me honrada em ser anunciada como ministra do Turismo pelo presidente Lula. Hoje é um dia muito especial”, escreveu a futura ministra em suas redes sociais. “Aceito essa missão com muito entusiasmo”.

O PL 2650/2021, que veda a utilização de linguagem neutra nas escolas foi proposto em 3 de agosto de 2022 pela deputada federal Geovania de Sá (PSDB-SC). Três dias depois, a futura ministra de Lula conhecida como Daniela do Waguinho, aderiu ao projeto.

O texto do projeto diz: “recentemente, alguns grupos da sociedade passaram a tentar instituir a chamada “linguagem neutra”, inventando palavras que seriam classificadas como de gênero neutro. Trata-se de uma deturpação da Língua Portuguesa que, para nossa surpresa, tem sido utilizada por algumas poucas escolas em seus documentos e até mesmo na comunicação com os alunos”.

“Para proteger os estudantes brasileiros e evitar tal afronta ao papel do ensino escolar, apresentamos o presente Projeto de Lei, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para vedar a utilização de linguagem neutra em escolas públicas e privadas de todas as etapas de ensino”, diz a justificativa do PL.

Sobre a proposta, Daniela do Waguinho disse ser inaceitável que "essa ilegítima invenção" seja reproduzida nas escolas.

“Uma língua é adquirida, é aprendida, não é inventada; e não é aceitável que essa ilegítima invenção seja reproduzida justamente no local onde os estudantes deveriam aprender a utilizar a Língua Portuguesa de acordo com as regras gramaticais”, assegura o projeto.

 

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