O presidente da escola de resgatadores pró-vida de Madri, Jesús Poveda, foi preso diante da empresa de abortos Dator. Segundo Poveda, “há muitos anos são feitos 10 mil abortos por ano” na empresa.

Às 9h25, agentes da Unidade de Intervenção Policial (tropa de choque) da Polícia Nacional prenderam Jesús Poveda, psiquiatra e veterano voluntário pró-vida.

O médico que costuma atender mães em risco de aborto que procuram estas empresas, faz um ato de protesto todo dia 28 de dezembro. No mundo pró-vida de Madri, sua frase "364 dias de assistência, 1 de resistência" é conhecida.

 

Poveda sentou-se no chão em frente ao centro de aborto Dator e disse aos agentes que não tinha intenção de deixar o local. Enquanto isso, a polícia identificou as pessoas que poderiam estar apoiando o médico e as afastou do local.

Algumas pessoas se aproximaram para cumprimentar o médico, oferecendo-lhe biscoitos.

Carregado por quatro agentes por 25 metros, ele foi deixado entre a calçada e o asfalto, próximo a uma árvore. Assim, entre viaturas, permaneceu por cerca de meia hora cercado por agentes, até ser transferido para uma delegacia.

Poveda, que acaba de fazer 65 anos, encara este ato como mais um costume, enraizado no calendário de Natal da capital espanhola. Ele falou com a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, minutos antes de ser preso:

“Hoje é 28 de dezembro e em Madri há costumes. Dia 22 é a loteria, dia 24 pela noite é o Natal e dia 28 é o dia pró-vida por excelência, porque se comemora a morte de inocentes. E vamos voltar a comemorar a morte de inocentes”.

O médico destaca que no centro Dator, pioneiro no negócio do aborto na Espanha, “há muitos anos são feitos 10 mil abortos por ano. É uma quantidade de abortos que realmente me surpreende. É uma das poucas coisas que me deixa pasmo e é o que acontece aqui”.

O sonho de Jesús Poveda é transformar o centro de aborto "em uma creche".

Em tom irônico, acrescentou, aludindo às leis que penalizam a presença de pró-vidas perto de centros de aborto para ajudar as mães:

“Cada vez menos pessoas vêm fazer aborto graças às manifestações que as abortistas fazem e graças a que a Polícia nos protege com a nova lei antiassédio. Porque são eles que assediam: fazem propaganda enganosa, enganam as mulheres, não dão alternativas”.

 

Dom Munilla e o juízo final de Poveda

O bispo de Orihuela-Alicante, dom José Ignacio Munilla, encaminhou em suas redes sociais o vídeo de ACI Prensa da prisão com um comentário sobre como será o juízo final do doutor Poveda quando lhe perguntem:

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"E o que você fez enquanto ocorria o extermínio de milhões de vidas inocentes? E o doutor Jesús Poveda responderá: Desculpe, Senhor, só pude ficar na porta do centro de aborto!"

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