Três padres espanhóis explicaram em um vídeo quem é o diabo, o que ele faz e como lutar contra ele.

Padre Francisco Javier “Patxi” Bronchalo, da diocese de Getafe, padre Jesús Silva, da arquidiocese de Madri, e padre Antonio María Domenech, da diocese de Cuenca, falaram sobre o diabo no episódio 9 do programa "Red de Redes", da Associação Católica de Propagandistas (ACdP).

Quem é o diabo?

“O demônio existe. É um ser angelical que tem influência sobre nós: a que Deus lhe permite e nós também permitimos”, disse padre Domenech.

O padre Bronchalo, por sua vez, destacou que o diabo ou demônio "é uma criatura, um anjo caído que, de maneira ordinária, nos tenta e, de maneira extraordinária, pode chegar à possessão".

Depois de especificar que o demônio “não é uma energia negativa”, padre Domenech comentou que o diabo tem “liberdade, atividade, intenções e métodos. Não é apenas o 'mal'”.

“É importante levar isso em conta porque o Magistério da Igreja o afirma. É um ser pessoal, um anjo caído, um anjo que na criação se separou de Deus: satanás”, disse o padre Silva.

O que o diabo faz?

Padre Bronchalo disse que o diabo “pode influenciar, assim como as pessoas o fazem. Ele virou as costas para Deus e quer a sua destruição".

"O diabo quer a condenação e a condenação é possível", alertou o sacerdote.

"Se nosso objetivo é servir ao Senhor, ele (o diabo) quer o contrário, que nos separemos de Deus, de seu plano, porque em última análise ele odeia nossa felicidade”, disse Padre Domenech. "Servir a Deus nos faz felizes e ele quer o contrário".

“É importante falar dele, não porque ele é o protagonista. O protagonista é o Senhor que derrota o demônio”, disse padre Silva. "Falamos do demônio para conhecer e entender nosso inimigo".

Padre Jesús Silva disse que o demônio tem três modos de afetar as pessoas: a possessão, a opressão e a tentação.

Na opressão diabólica, destacou, “o demónio não possui o corpo, mas anda por aí, rondando. Como diz a Escritura, o diabo, como um leão que ruge, ronda procurando a quem devorar”.

“A tentação em si mesma não é ruim, mas deixar-se levar por ela sim”, alertou padre Domenech.

Padre Silva comentou que Deus é quem finalmente permite a possessão, “porque a libertação do demônio também gera fé”.

Como enfrentar o diabo?

Padre Bronchalo disse que a Igreja enfrenta a possessão com “o exorcismo, que sempre é feito em nome de Cristo, e que é feito por um padre com um ministério especial concedido pelo bispo”.

Padre Silva disse que a tentação, perante a qual se deve rezar muito, é a mais perigosa das ações do diabo, porque "com ela pode-se pecar e, se não houver arrependimento, pode-se ir para a condenação eterna".

“Neste sentido, o que se deve fazer é resistir à tentação, tendo em conta que é preciso conhecer as artimanhas do inimigo”, disse. "Como um general que olha para uma fortaleza para ver o ponto mais fraco onde atacar, o diabo faz o mesmo".

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Padre Domenech, então, recomendou: “É preciso levantar-se e dizer não. Eu não vou fazer isso e não vou te dizer nem por quê, porque não se deve falar com o demônio”.

“Quando alguém quer se converter e viver para Deus, é mais difícil, porque a tentação é mais forte”, advertiu padre Bronchalo.

Por isso é necessário falar sobre as tentações com um sacerdote, porque “a tentação explicada ao confessor já está vencida”, disse padre Domenech.

Padre Domenech recomendou confiar-se a são Padre Pio, porque “ele lutou pessoalmente contra o demônio e prometeu que qualquer um que lhe pedisse ajuda com problemas com o demônio, ele acudiria, e ele acode. Eu vivi isso”.

Padre Silva recomendou livros do padre exorcista Gabriele Amorth, que morreu em 2016.

Padre Bronchalo sugeriu os filmes “O Ritual” (2011) e “O Exorcismo de Emily Rose” (2005), que “explicam o tema do demônio de um ponto de vista adequado”.

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