O papa Francisco falou sobre “as distorções do trabalho”, que foi contaminado pela “cultura do descarte”, para cerca de seis mil membros da Conferência Geral Italiana do Trabalho ontem (19) na aula Paulo VI.

“Vemos isso, por exemplo, onde a dignidade humana é espezinhada pela discriminação de gênero - por que uma mulher deveria ganhar menos do que um homem?"

“Por que uma mulher, assim que começa a 'engordar', é demitida para não pagar a ela a licença maternidade? Também se vê na precariedade dos jovens. Por que as pessoas têm que adiar suas escolhas de vida por causa da precariedade crônica?”, perguntou o papa Francisco.

Francisco também falou da segurança dos trabalhadores e da exploração das pessoas.

“Cada morte no trabalho é uma derrota para toda a sociedade. Mais do que contá-los no final de cada ano, devemos lembrar de seus nomes, pois são pessoas e não números”, lamentou. "Somente uma sábia aliança pode prevenir aqueles ‘acidentes’ que são tragédias para as famílias e comunidades".

O papa Francisco falou sobre algumas situações de exploração das pessoas no trabalho, como a escravidão dos trabalhadores na agricultura, ou em canteiros de obras, e “a obrigação de trabalhar em turnos extenuantes, o jogo nos contratos sempre menores, o desrespeito pela maternidade, o conflito entre trabalho e família”.

Francisco também se referiu aos “trabalhadores pobres”, “pessoas que, tendo um emprego, não conseguem sustentar suas famílias e dar esperança para o futuro”.

O papa disse que “o sindicato – escutem bem isso – é chamado a ser uma voz para aqueles que não têm voz”.

Para o papa, é urgente “humanizar o trabalho. Também nisso o sindicato pode trabalhar” para ajudar os trabalhadores.

O papa confiou os trabalhadores e os sindicatos à proteção de são José.

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