“Também rezamos pela paz no Peru, para que a violência no país cesse e o caminho do diálogo seja tomado para superar a crise política e social que aflige a população”, disse o papa Francisco depois da oração do Ângelus de ontem (18), aos milhares de fiéis reunidos na praça de São Pedro no Vaticano.

Ele também falou sobre a situação no corredor de Lachin, no sul do Cáucaso. “Em particular, estou preocupado com as precárias condições humanitárias das populações, que correm o risco de deteriorar-se ainda mais durante a estação do inverno”, disse o papa.

Por isso, pediu "a todos os envolvidos para que se comprometam a encontrar soluções pacíficas para o bem do povo".

Por fim, ele rezou "à Virgem Maria, que a liturgia nos convida a contemplar neste quarto domingo do Advento, para tocar os corações daqueles que podem parar a guerra na Ucrânia".

“Não esqueçamos o sofrimento daquele povo, especialmente das crianças, dos idosos, dos doentes. Rezemos, rezemos”, concluiu Francisco.

Protestos violentos no Peru

Os protestos violentos de grupos radicais de esquerda no Peru, que até agora deixaram 23 mortos, começaram após a prisão do ex-presidente Pedro Castillo, que em 7 de dezembro fez uma tentativa fracassada de "autogolpe" de Estado.

Poucas horas depois do anúncio e quando ia para a embaixada do México, a polícia prendeu o ex-presidente Castillo, que agora cumpre prisão preventiva.

As acusações contra Castillo são de corrupção, rebelião, conspiração, abuso de autoridade e grave perturbação da paz pública.

Após a prisão de Castillo, ele mesmo em suas redes sociais e vários membros da esquerda radical incentivaram os protestos, que tiveram vários episódios de violência, como tomada de aeroportos e bloqueios de estradas.

Os bloqueios de estradas em diferentes partes do país geraram prejuízos milionários para a deprimida economia peruana, em um momento em que o comércio aumenta devido às festas de Natal e Ano Novo.

Manifestantes instigados por líderes comunistas exigem a libertação de Castillo, a renúncia da presidente Dina Boluarte, que também é do partido esquerdista Perú Libre e que tomou posse após a prisão de Castillo, e a antecipação das eleições gerais.

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