A Conferência de Bispos Católicos da Escócia pediu ao Parlamento local que proteja o direito à liberdade de expressão e não aprove uma lei que poderia proibir a oração do lado de fora das clínicas de aborto.

A conferência divulgou uma nota após a decisão da Suprema Corte do Reino Unido de que o Parlamento da Irlanda do Norte pode estabelecer "zonas de exclusão" ao redor das clínicas de aborto.

Assim como a Irlanda do Norte, a Escócia é parte do Reino Unido.

Na nota divulgada na segunda-feira (12), a conferência episcopal diz que a decisão da Suprema Corte do Reino Unido "é muito preocupante", uma vez que um legislador local já apresentou um projeto para criar também "zonas de exclusão" ao redor dos centros de aborto, "nas quais a oração seria ilegal."

A nota diz que a sentença judicial “é uma decisão que não protege as liberdades básicas de expressão e de reunião”.

"Sem dúvidas, encorajará os esforços para criminalizar as vigílias pacíficas na Escócia", diz a nota.

"Se o Parlamento escocês aprovar tal lei, isso corroeria direitos e liberdades fundamentais duramente conquistados", acrescenta.

Segundo a Conferência de Bispos Católicos da Escócia “criminalizar os cidadãos pelo simples fato de ocupar um determinado local, com a ameaça de pena de prisão de até seis meses para o primeiro delito e até dois anos para os delitos subsequentes, teria um efeito dissuasor sobre a liberdade de expressão e reunião em um país que há muito valoriza ambos”.

A Conferência dos Bispos Católicos da Escócia citou o arcebispo de Armagh, Irlanda, dom Eamon Martin, segundo quem "muitas mães em crise se sentiram apoiadas no último minuto por uma oferta sensível de ajuda prática, para encontrar uma saída para a sua crise que não seja acabar com a vida de seu bebê ainda não nascido.”

“É perfeitamente razoável”, disse o arcebispo irlandês, “querer estender a mão com compaixão para ajudar mulheres vulneráveis ​​e ser livres para proteger a vida e o bem-estar tanto da mãe quanto de seu filho ainda não nascido”.

A conferência dos bispos pede que o Parlamento escocês proteja a liberdade de expressão “e o princípio da tolerância recíproca”.

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