O cardeal Marc Ouellet, prefeito do Dicastério dos Bispos da Santa Sé, anunciou que está abrindo um processo contra a pessoa que o acusou de abuso sexual no Canadá.

Em comunicado oficial, o cardeal Ouellet disse que, em 16 de agosto de 2022, foi acusado de abusos sexuais, em uma ação coletiva movida contra mais de 80 padres e leigos da arquidiocese de Québec, da qual foi arcebispo entre 2002 e 2010.

Segundo a agência de notícias AFP, o cardeal foi acusado "de ter tocado de maneira inadequada uma estagiária entre 2008 e 2010 enquanto era arcebispo de Quebec”.

“Em uma declaração datada de 19 de agosto, neguei firmemente essas acusações infames e difamatórias feitas injustamente contra mim”, disse o cardeal em seu comunicado oficial de ontem (13). "Em honra à verdade, quero enfatizar que nunca cometi os atos que a demandante me acusa".

O cardeal também disse que "após uma investigação preliminar, o papa Francisco considerou que não havia provas suficientes para iniciar uma investigação canônica por abuso sexual".

“Intento hoje uma ação legal por difamação diante dos tribunais de Québec, a fim de demonstrar a falsidade das acusações feitas contra mim e de restabelecer a minha reputação e a minha honra”.

O cardeal também disse que “as vítimas de abusos sexuais têm o direito a uma justa indenização pelos danos que sofreram. Sou sensível ao seu sofrimento e reitero a elas a minha sincera solidariedade".

O prefeito do Dicastério dos Bispos disse que o “seu direito à justiça não é colocado em discussão pela minha ação legal, que é, todavia, dolorosamente necessária para defender a verdade, a minha reputação e a minha honra”.

Ouellet disse que, se ganhar a causa, doará a indenização que receber “para apoiar a luta contra os abusos sexuais das Populações Indígenas do Canadá”.

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