“A vigilância é sinal de sabedoria, é sobretudo sinal de humildade, pois temos medo de cair, e a humildade é a via mestra da vida cristã”, disse o papa Francisco na audiência geral de hoje (14), que foi feita na aula Paulo VI do Vaticano, e não ao ar livre, por causa do mau tempo.

O papa continuou com a série de catequeses sobre o discernimento.  Ele já falou sobre os elementos do discernimento; a oração, o conhecer a si mesmo, o desejo e o "livro da vida" e também a desolação e a consolação.

Hoje falou da necessidade de estar “vigilantes” após a confirmação da escolha feita. Ou seja, a “atitude de vigilância” diante do demônio.

“Já que o risco existe, e é que o ‘desmancha-prazeres’, ou seja, o Maligno, pode arruinar tudo, fazendo-nos voltar ao ponto de partida, aliás, a uma condição ainda pior”, disse o papa Francisco.

A vigilância deve ser “a atitude comum a ter na conduta de vida, de tal forma que as nossas boas escolhas, feitas às vezes depois de um árduo discernimento, possam continuar de forma perseverante e coerente e dar fruto".

Para o papa, quando há falta de vigilância existe “o risco de que tudo se perca”, já que o maligno “aguarda o momento exato em que nos sentimos demasiado seguros de nós próprios”.

Por isso, o papa falou da necessidade de “salvaguardar o próprio coração” e disse que “quando confiamos demasiado em nós próprios e não na graça de Deus, então o Maligno encontra a porta aberta”.

O papa advertiu sobre "os demônios educados: entram sem que te dês conta, batem à porta, são gentis" e garantiu que a falta de vigilância pode fazer com que batalhas sejam perdidas.

“Não é suficiente fazer um bom discernimento e uma boa escolha. Não, não é suficiente: é preciso permanecer vigilante”, disse o papa Francisco.

Para o papa, a capacidade de vigilância é uma graça que Deus nos deu para combater o diabo, aquele que sabe “disfarçar-se de anjo e convencer-te”, tornando as coisas ainda piores do que no início.

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