A Conferência Episcopal Peruana (CEP) publicou um comunicado ontem (12) "diante dos recentes e dolorosos acontecimentos de violência" no país para manifestar suas condolências aos familiares dos mortos “em consequência do confronto entre manifestantes e as Forças da Ordem”.

Esses confrontos começaram depois da destituição de Pedro Castillo da presidência do Peru após uma tentativa fracassada de "autogolpe" de Estado.

Depois da deposição, o ex-presidente Castillo foi preso e a vice-presidente, Dina Boluarte assumiu o cargo de nova presidente da República do Peru.

Isso fez com que os partidários do ex-presidente começassem uma onda de protestos violentos no sul do país, causando a morte de ao menos cinco pessoas.  

Durante as manifestações, partidários de Pedro Castillo invadiram a pista do aeroporto de Arequipa, que precisou ser fechada para garantir a segurança operacional.

Também em Arequipa, manifestantes saquearam e incendiaram a fábrica de leite da empresa Glória. Ao menos 25 pontos da malha viária peruana foram bloqueados em protestos pela libertação de Castillo e pela dissolução do Congresso da República.

Os protestos violentos levaram a presidente Dina Boluarte a declarar estado de emergência no departamento de Apurimac por 60 dias.

Diante desses atos de violência, a Conferência Episcopal Peruana exortou a “construir pontes de diálogo” e pediu que a Polícia Nacional do Peru garanta a integridade do povo.

A CEP pediu a todas as instituições "que busquem a estabilidade do país, porque não podemos nos dar ao luxo de um desgoverno em nosso país".

“A violência não é a solução para a crise ou para as diferenças. Chega de atos de violência, chega de mortes! O Peru deve ser nossa prioridade!", diz o comunicado.

Por fim, a CEP pediu a Nossa Senhora de Guadalupe, cuja festa foi celebrada ontem (12), para “nos guiar pelos caminhos da justiça e da paz”.

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