Depois que o Governo desse a conhecer o aumento em 6,5 por cento do número de abortos legais realizados na Espanha em 2004 em relação ao ano anterior, o Instituto de Política Familiar (IPF) exigiu à a Ministra da Saúde, Elena Salgado, um comparecimento público imediato admitindo o fracasso de sua administração neste assunto e anunciando a "reorientação drástica de sua política fracassada e obsoleta".

Recentemente, o Ministério da Saúde e Consumo deu a conhecer que os falecimentos por abortos na Espanha durante 2004 alcançou a cifra de 84 mil e 985, quer dizer, um aborto a cada seis minutos.

Através de um comunicado, o Presidente do IPF, Eduardo Hertfelder, assinalou que "o governo deveria dar-se conta de uma vez que, para solucionar o aborto não é a solução o potencializá-lo já seja de maneira direta ou indireta. Cada mãe que aborta é um fracasso da administração que não soube ou quis ajudá-la. O Ministério da Saúde parecesse que carece de sensibilidade para abordar este drama tanto para a mulher como para a criança".

A exigência do IPF implica a convocatória, de parte do Ministério, de uma mesa de diálogo em janeiro "com os distintos agentes sociais, peritos e instituições familiares para abordar uma nova política que defenda à mãe e ao menino".

Um aborto cada 5 minutos em 2007

Hertfelder indicou que, se continuar o crescimento de abortos ao ritmo atual, Espanha ultrapassará os 102 mil abortos no 2007, situação pela que apresentou uma bateria de propostas "para abordar de uma maneira séria e rigorosa a problemática do aborto na Espanha".

Para 2007, assinalou o presidente do IPF, mais de um milhão 200 mil crianças terão deixado de nascer na Espanha. "De fato no ano 2005 conseguiremos o triste recorde de superar o milhão de bebês (1.019.782) que terão deixado de nascer da implantação da lei do aborto no ano 1985", assinalou em um comunicado.

"que uma em cada seis gravidezes termine em aborto (o 15,8% no ano 2004) é um problema de tal envergadura e gravidade que o Governo não pode olhar a outro lado tratando de ignorá-lo ou desculpar-se", acrescentou.

Em uma carta dirigida à a Ministra da Saúde, o IPF adiantou uma bateria de propostas entre as que destacam a criação de uma "Mesa de Peritos", que analisem e proponham soluções e alternativas para resolver a problemática do aborto e a implementação dentro do Observatório da Infância, uma seção destinada ao "não nascido" e a criação de Centros de Ajuda, Atenção e Assessoramento à mulher grávida.