A Cúria Geral em Roma dos Missionários da África, conhecidos como os "Padres Brancos", anunciou o desaparecimento do padre Hans-Joachim Lohre, que pode ter sido sequestrado por radicais islâmicos no Mali.

“Sabemos que a polícia foi acionada para procurar o padre Hans-Joachim Lohre, mas no momento ainda não se sabe se o sequestraram e que grupo o fez”, disse a Cúria Geral da congregação à agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias.

Conhecido como "Ha-Jo", o padre Hans-Joachim, de 65 anos, está no Mali há mais de 30 anos. Ele trabalha no Instituto Islâmico-Cristão de Formação (Ific) e é responsável pelo Centro de Fé e Encontro de Hamdallaye.

“Ele teve que ir à comunidade de Kalaban Coura para a missa dominical, mas desde então não se tem mais notícias dele”, disseram os Missionários da África em um comunicado interno.

A Fides diz que o carro do padre alemão foi encontrado perto do IFIC em Bamako, capital do país. Investigadores encontraram o cordão com a cruz quebrada do padre ao lado do carro.

É possível que, por ser alemão, os atacantes estivessem procurando o missionário, já que o exército alemão tem 1,2 mil soldados no Mali, como parte da missão da ONU.

A Alemanha é um dos países europeus que ainda tem tropas no Mali, depois da saída dos soldados da França e da Grã-Bretanha.

No Mali há vários grupos islamistas ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico (ISIS). Eles são responsáveis por vários ataques e sequestros, como o da freira colombiana Gloria Cecilia Narváez que passou quatro anos e oito meses em poder de radicais mululmanos no Mali. Ela foi capturada por jihadistas em 2017 e libertada em outubro de 2021.

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