Sete seleções participantes da Copa do Mundo de Futebol do Qatar 2022 anunciaram que desistiram de usar as braçadeiras pró-LGBT que usariam inicialmente no torneio, pois a agenda LGBT não é sua "prioridade número um".

É o que dizem as seleções da Holanda, Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Suíça, Alemanha e Dinamarca, em comunicados divulgados ontem (21).

O comunicado da Holanda recorda que a autorização para o uso da braçadeira LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) e que faz parte da campanha OneLove foi obtida no dia 19 de setembro, mas ontem (21) a Fifa disse que o capitão que usar esse distintivo será penalizado com um cartão amarelo.

“Defendemos a mensagem OneLove e continuaremos a divulgá-la, mas nossa prioridade número um na Copa do Mundo é vencer o torneio. Portanto, não queremos que o capitão comece o jogo com um cartão amarelo", disse o comunicado.

Por isso, “como equipe, tivemos de decidir abandonar o nosso plano”, diz o texto publicado pela Holanda, que ontem venceu o Senegal por 2 a 0.

Após afirmar que estavam dispostos a pagar quaisquer multas impostas pela Fifa pelo uso de braçadeiras LGBT, o comunicado disse que, "com os outros países envolvidos, vamos fazer uma análise crítica de nosso relacionamento com a Fifa no próximo período".

O comunicado da seleção inglesa disse que, com esta decisão, “os nossos jogadores e treinadores estão desiludidos porque são grandes defensores da inclusão e vão expressá-la de outras formas”.

A Fifa, por sua vez, reiterou em comunicado seu apoio a uma campanha de não discriminação durante a Copa do Mundo de 2022 no Qatar e manifestou o seu apoio a OneLove.

Embora o comunicado da Fifa e das seleções não mencione o assunto, no Qatar a homossexualidade é punível com até sete anos de prisão.

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