A seleção do Equador marcou os dois primeiros gols da Copa do Mundo do Qatar 2022 contra a seleção anfitriã e comemorou ajoelhando-se, olhando para o céu e oferecendo-os a Deus no país de maioria muçulmana.

 

No domingo (20), dia da solenidade de Cristo Rei, a Copa do Mundo começou com o jogo entre Equador e Qatar no estádio Al Bayt, que terminou com a vitória do time visitante por 2 a 0.

Aos 15 minutos do primeiro tempo, o atacante equatoriano Enner Valencia marcou de pênalti e junto com seus companheiros formaram um círculo, ajoelharam-se e ergueram as mãos para o céu para glorificar a Deus.

O lateral-esquerdo Pervis Estupiñán disse em entrevista recente que "com o Equador rezamos juntos antes e depois dos jogos".

“Somos todos muito religiosos. Além de trabalhar e lutar para fazer as coisas da melhor forma, sabemos que alguém nos trouxe até aqui e é a nossa forma de agradecer e pedir que nos ajudem”, disse o jogador.

"No final, independente do resultado, agradecemos a Ele por sair bem de campo e não ter machucado ninguém", acrescentou.

Antes do início do jogo, o meia equatoriano Carlos Gruezo publicou um vídeo em seu Instagram que mostra vários jogadores da seleção rezando em um dos quartos do hotel Hyatt Regency Oryx, onde estão hospedados.

“Hoje começa uma nova história e quem guia nossos passos é Deus, sem Ti nada podemos fazer, damos a Ti toda a glória e honra”, escreveu Gruezo em sua rede social.

 

O Qatar tem uma maioria muçulmana sunita, mas entre seus habitantes há membros de muitas minorias religiosas, sendo o cristianismo a mais importante delas.

O padre Paul Rivas Alfaro, do norte de Lima, Peru, disse à EWTN Notícias que a seleção equatoriana “nos ensina algo muito grande: que você pode dar glória a Deus antes, durante e depois da celebração da Copa do Mundo”.

“Isso permanecerá para sempre. O melhor presente que puderam dar na solenidade de Cristo Rei foi esta vitória porque a entregaram a Deus”, disse.

De acordo com o relatório Liberdade Religiosa no Mundo da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), os cristãos que vivem no Qatar são 13,1% da população do Qatar. A maioria deles são trabalhadores migrantes da Índia, Paquistão, Bangladesh ou Filipinas.

No Qatar, os cristãos podem fazer seus cultos em uma área cedida pelo governo nos arredores de Doha, em terras doadas pelo próprio monarca ou emir.

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