Ao receber vários representantes do Conselho Metodista Mundial (CMM), O Papa Bento XVI espera que as diferenças entre os cristãos possam se resolver gradualmente.

Ao dirigir-se à delegação liderada pelo bispo Sunday Mbang, da igreja Metodista da Nigéria, o Pontífice lembrou que Paulo VI, ao concluir o Concílio Vaticano II há quarenta anos, manifestou a esperança de que resolvessem "as diferenças entre os cristãos, ‘pouco a pouco, gradualmente, com lealdade e generosidade’".

"Agora temos que refletir sobre as relações amistosas entre católicos e metodistas, sobre o diálogo paciente e perseverante no qual nos comprometemos. Realmente, há muito pelo que agradecer hoje", disse o Papa.

"Desde 1967 –acrescentou–, nosso diálogo abrangeu os temas teológicos mais importantes, como a revelação e a fé, a tradição e a autoridade de ensinar da Igreja". "Nosso diálogo e os numerosos caminhos pelos quais os católicos e metodistas chegaram a se conhecer melhor, permitiram-nos reconhecer juntos alguns daqueles tesouros cristãos de grande valor e falar com uma mesma voz ao enfrentar as questões sociais e éticas em um mundo cada vez mais secularizado", declarou ou o Santo Padre.

Bento XVI expressou sua alegria pela iniciativa do CMM de associar-se à Declaração Comum sobre a Doutrina da Justificação, assinada pela Igreja Católica e a Federação Luterana Mundial em 1999. Isto, assegurou, "contribuirá para a reconciliação que desejamos ardentemente, e será um passo importante para a meta fixa da unidade plena e visível na fé".

As comunhões metodistas filiadas ao CMM aprovaram individualmente o texto da Declaração, que será oficialmente votado e ratificado em Seúl, em julho de 2006, durante a Assembléia Geral deste organismo.