O papa Francisco pediu aos bispos da França que acompanhem as ovelhas “desorientadas” pelo motu proprio Traditionis custodes (Custódios da Tradição), publicado em 2021 e que restringe a celebração da missa tradicional segundo a liturgia anterior à reforma do Concílio Vaticano II.

“O papa Francisco convida a um maior cuidado e paternidade para com as pessoas – em particular os jovens, sacerdotes ou leigos – desorientados pelo motu proprio Traditionis Custodes, em cuja implementação vocês estão trabalhando”, diz o, secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolinm numa mensagem enviada aos bispos da França.

“São as ovelhas, muitas vezes feridas, que precisam de acompanhamento, escuta e tempo”, diz a mensagem.

"O Santo Padre, papa Francisco, assegura a todos os membros presentes na assembleia plenária, sua oração e seu apoio fraterno e espiritual", diz o texto por ocasião do encontro dos bispos que acontece de 3 a 8 de novembro no santuário de Lourdes.

Na mensagem, o cardeal Parolin também exorta os bispos a continuar lutando contra os abusos sexuais, pelos mais vulneráveis ​​e a contribuir para a reflexão "sobre como ajudar a sociedade a encontrar leis justas sobre o fim da vida".

“O Santo Padre reza para que em seu país ocorra um debate baseado na verdade e livre de toda ideologia, e que sua voz seja ouvida”, acrescenta.

Traditionis Custodes

A Santa Sé publicou o motu proprio Traditionis custodes do papa Francisco em 16 de julho de 2021.

O texto restringe a celebração da missa tradicional em latim anterior à reforma do Concílio Vaticano II, ou seja, celebrada com o missal de 1962.

Com este documento, o papa Francisco modificou as disposições dadas por seu antecessor Bento XVI, em seu motu proprio Summorum Pontificum, um texto que liberou a missa tradicional em latim.

Entre as principais disposições da Traditionis Custodes estão que o bispo é quem autoriza a celebração da missa com o missal de 1962.

Se o padre que pediu a permissão foi ordenado após a publicação do motu proprio, cabe à Santa Sé dar a autorização.

Fica também estabelecido que não podem ser criados novos grupos para celebrar a missa tradicional em latim e que é abolida qualquer disposição que não esteja de acordo com o motu proprio.

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