A presidenta do Reproductive Health Technologies Project, Kirsten Moore, reconheceu no Foro de Jornalistas do National Press Club que o fácil acesso à pílula do dia seguinte não diminuiu o número de gravidezes nem abortos.

Moore indicou que "os especialistas estimavam que veríamos uma queda na metade nas taxas de gravidez não desejada e abortos. E o fato é que, na realidade, não estamos vendo esse resultado, tampouco um aumento".

Segundo a vice-presidenta da organização pró-vida Concerned Women for America, Wendy Wright, "a aceitação por parte de Kirsten Moore dos estudos e a experiência que demonstram que o fácil acesso à pílula do dia seguinte não reduzem a gravidez ou os abortos, derruba a coalizão ‘dura’ em sua tentativa de torná-la tão acessível quanto creme dental. A alegada redução pela metade não se sustenta nem pela ciência nem os fatos; apenas por uma ‘fé’ que não tem base real".

"O FDA decidiu corretamente rechaçar o acesso sem prescrição médica à pílula do dia seguinte dada a falta de evidência que provasse que pode ser utilizada pelas adolescentes sem correr riscos. O FDA não deve ser pressionado por congressistas ou abortistas cujo argumento primário não está apoiado em fatos", indicou Wright.

Os que defendem esta pílula abortiva argumentam sua exigência sob uma hipótese do Alan Guttmacher Institute, em que apesar de seus próprios estudos e a experiência nos países aonde se pode ter acesso a ela mostram as mesmas taxas, ou mais altas, de gravidez e abortos; além de uma maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis.