O papa Francisco “conhece muito bem a realidade” da Nicarágua, disse o arcebispo de Manágua, cardeal Leopoldo Brenes. Segundo ele, o papa exortou os bispos do país a continuar sendo mensageiros da reconciliação e esperança no país.

O cardeal participou de uma audiência com o papa Francisco ontem (31) como parte da presidência do CELAM, que viajou ao Vaticano para apresentar o documento da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe.

O cardeal Brenes disse ao Vatican News, serviço de notícias oficial da Santa Sé, que a situação na Nicarágua “era um tema que com certeza seria discutido com o papa. Ele está bem informado e conhece muito bem a realidade, só me perguntou alguns detalhes, e eu dei a minha opinião”.

O papa Francisco “sempre se solidarizou conosco e nos convidou a continuar trabalhando na pastoral, a ser mensageiros de reconciliação e mensageiros de esperança”, disse Brenes. “Não podemos ficar nos lamentando em certas situações que vemos. Não podemos olhar para trás, mas temos que ir sempre em frente, e sobretudo caminhar nessa comunhão, nessa proximidade”.

“O papa recorda o dos pastores, que devem ir na frente, no meio e atrás, acompanhando o seu povo. E é isso que nos convida como pastores na Igreja que peregrina na Nicarágua”, disse.

A Igreja Católica na Nicarágua é vítima há alguns anos da perseguição pelo governo de Daniel Ortega.

Além de ter expulsado o núncio apostólico em março, o regime mantém em prisão domiciliar o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez; e vários padres foram presos.

Também fechou os meios de comunicação católicos e expulsou várias organizações católicas do país, incluindo as Missionárias da Caridade.

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