Em um artigo publicado pelo jornal O Povo Católico da Arquidiocese de Denver, um especialista em saúde pública advertiu aos pais sobre os riscos dos videogames para a saúde de seus filhos e lhes pede observar o comportamento dos menores e acompanhá-los em seu contato com estes produtos.

Segundo o médico Germán Alvarado, “apesar de que a incidência de uso (dos videogames) tenha aumentado de maneira explosiva nas últimas décadas, a pesquisa sobre seus efeitos na saúde ainda está em processo”.

O especialista precisou que já se reconhece que os videogames podem ser utilizados positivamente “como ajuda complementar no controle da dor em crianças”. Por exemplo, no caso de “crianças que recebem quimioterapia apresentam menos efeitos secundários à mesma quando ao mesmo tempo fazem uso de videogames”; similares resultados se encontraram na reabilitação de pessoas com feridas nos braços, certos tipos de paralisia ou atrofia muscular, autismo, crianças com deficiências múltiplas ou crianças impulsivas ou com problemas de atenção.

Entretanto, advertiu que “existem outros estudos que assinalam aspectos negativos potenciais dos videogames” como o risco de dependência ou vício, aumento de agressividade, aumento de ansiedade social, tendência à obesidade, diversos tipos de lesões de nervos periféricos, musculares e de tendões, e casos de convulsões epiléticas em crianças suscetíveis a estas reações.

Alvarado recomenda aos pais conhecer o conteúdo dos videogames que consomem porque “nem sempre a classificação apresentada na ‘etiqueta’ dos jogos” reflete com precisão seu conteúdo; e estabelecer um limite de horas dedicadas a esta prática.

“Os pais devem observar o que seus filhos fazem e estar atentos tanto ao número de horas que as crianças passam no videogame como ao conteúdo dos mesmos; para isto, seria conveniente que os pais jogassem com seus filhos - quando estes tiverem idade suficiente para jogar - para estar mais bem informados e expor as regras com respeito aos mesmos”, sugeriu.