A Polícia Judiciária (PJ) deteve ontem (27) em “um concelho do distrito da Guarda”, Portugal, um padre acusado de “crimes de tráfico de pessoas e abuso sexual de pessoa incapaz de resistência”. Segundo uma fonte policial revelou à agência Lusa, trata-se do padre António Júlio Fernandes Pinto, de 63 anos. A diocese de Lamego, à qual pertence o sacerdote, afirmou desconhecer os fatos.

Padre António Pinto é pároco de São João Batista, em Cedovim, de São João Batista, em Custóias, do Santíssimo Salvador, em Horta, de Nossa Senhora da Assunção, em Numão e de Nossa Senhora do Rosário, em Vale de Figueira a Velha.

A vítima seria um homem de 44 anos. Em comunicado, a Polícia Judiciária afirmou que o sacerdote havia sido nomeado tutor da vítima, “por decisão judicial proferida em 2017”. O padre acolheu o homem “na sua residência, oferecendo-lhe trabalho, em troca de alojamento e alimentação, sem qualquer outro pagamento”.

“Aproveitando-se das incapacidades psíquicas e da especial vulnerabilidade da vítima, o arguido veio depois a exigir-lhe serviços sexuais, fechando-o em casa e vedando-lhe qualquer contato com o exterior quando recusava aceder aos seus propósitos”, disse a PJ, sem especificar que tipo de incapacidade o homem possui.

Segundo a Polícia Judiciária, a vítima “vai ser instalada num centro de acolhimento e proteção especializado para vítimas de tráfico de seres humanos” e o padre “vai ser instalada num centro de acolhimento e proteção especializado para vítimas de tráfico de seres humanos”.

Em nota, a diocese de Lamego, o bispo dom António José da Rocha Couto e a Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis “afirmam nada saber dos eventuais fatos que correm na comunicação social acerca do P. António Júlio”.

A nota disse ainda que não receberam “até ao presente qualquer denúncia a esse propósito”.

Por fim, afirmou que “mantêm-se atentos à evolução da situação e manifestam-se prontos a apoiar cristã e solidariamente todos os sofredores”.

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